Bombeiros trabalhando perto da área conhecida como Marco Zero após a queda das Torres Gêmeas - Imagem: Shutterstock/António Correia
O dia 11 de setembro ficou marcado na história pelos atentados que aconteceram na mesma data em 2001. Além das 2977 mortes, milhares de pessoas traumatizadas e várias que sobreviveram com sequelas, os ataques também tiveram um impacto gigante, acarretando câncer em diversas pessoas.
O ‘câncer do 11 de setembro’ é um nome que faz referência ao surgimento de diversos tipos de câncer em sobreviventes civis e equipes de resgate que trabalharam nos escombros e respiraram a nuvem tóxica liberada pelo colapso das torres. Esta fumaça era uma junção de asbestos, combustíveis queimados, cimento e fumaça que foi capaz de gerar diversas substâncias químicas prejudiciais à saúde.
As doenças também se proliferaram em pessoas que tiveram contato com o aterro sanitário Fresh Kills, pois esse foi o lugar para onde os escombros foram levados. Eles tinham poeira de amianto, compostos orgânicos voláteis e outras substâncias que podem causar câncer.
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Conforme dados do World Trade Center Health Program (Programa de Saúde do World Trade Center), divulgados em junho de 2025, cerca de 48,5 mil pessoas já receberam o diagnóstico de câncer associado ao ataque.
Além das pessoas que estavam dentro do prédio, esse número leva em consideração vizinhos que saíram de casa para serem colaboradores no entorno dos atentados, policiais, bombeiros e voluntários que estiveram na região e respiraram a nuvem tóxica.
Desse total, 24,6 mil foram voluntários no resgate de vítimas, assim como policiais, trabalhadores de limpeza e bombeiros. Já 23,9 mil são sobreviventes civis. Infelizmente, 3.767 socorristas e sobreviventes morreram do ‘câncer do 11 de setembro’ até o momento. Esse número é superior à quantidade de mortos no dia do atentado: 2.977.
Por ordem crescente do número de casos, os principais tumores diagnosticados até então são:
Em pesquisas feitas em camundongos expostos ao pó do World Trade Center, cientistas notaram que existe uma maior inflamação e ativação de genes que possuem ligação à multiplicação celular descontrolada, o que ajuda no desenvolvimento de tumores, principalmente se já houver mutações prévias.
Em 2011, foi aprovada a lei James Zadroga 9/11 Health and Compensation Act, a qual determina que o programa de saúde relacionado aos atentados de 11 de setembro continue em vigor até 2090.
Por meio dele, as pessoas podem ter atendimento gratuito. Além disso, é feito o monitoramento e financiamento de pesquisas que mostram como o atentado ainda interfere na saúde de milhares de pessoas.
As substâncias químicas também geraram outras doenças em pessoas que estiveram na região do atentado. Veja os resultados do relatório do WTC Health Program (Programa de saúde do World Trade Center):
Esta post foi modificado pela última vez em 11 de setembro de 2025 16:00