Essas são as profissões menos ‘ameaçadas’ pela IA

Baobao Zhang, professora de política de IA, acredita que os empregos mais protegidos da automação estão em três grandes frentes
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 11/09/2025 08h59
imagem feita por inteligência artificial mostra um robô trabalhando em um emprego
(Imagem gerada por IA via DALL-E/Olhar Digital)
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um das preocupações relacionadas ao avanço da inteligência artificial é o impacto da adoção da tecnologia no mercado de trabalho. Os mais pessimistas acreditam que a ferramenta pode deixar milhões de pessoas desempregadas, criando uma grave crise global.

No entanto, de acordo com avaliação de uma especialista em IA, nem todos os empregos estão ameaçados. Este é o caso das profissões que exigem habilidades humanas fundamentais como empatia, julgamento e destreza prática.

Ferramenta já está assumindo funções no mercado de trabalho (Imagem: Stokkete/Shutterstock)

Nem todas as profissões podem ser substituídas pela automação

  • De acordo com Baobao Zhang, professora de política de IA na Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, é legítima a preocupação relacionada ao avanço da tecnologia.
  • Ela destaca que a popularização da inteligência artificial é capaz de redefinir funções e transformar o mercado de trabalho global.
  • Neste cenário, muitas carreiras não devem resistir à automação. 
  • Mas existem também algumas profissões menos ameaçadas.
  • Para Zhang, a conexão humana e a adaptabilidade são pontos essenciais para “sobreviver” a esta revolução.
  • As informações são do portal Business Insider.

Leia mais

Automação pode causar desemprego (Imagem gerada via DALL-E/Olhar Digital)

Quais são os empregos que devem “sobreviver” à IA?

Baobao Zhang afirma que os empregos mais protegidos da automação estão em três grandes frentes. São trabalhos técnicos e manuais, como eletricistas e encanadores, ocupações assistenciais, como enfermagem e educação infantil, e setores de manufatura avançada, onde mesmo com o uso de máquinas, a supervisão humana ainda será indispensável.

A especialista explica que todas essas funções exigem a presença física, capacidade de julgamento em tempo real e, em muitos casos, interação empática com outras pessoas. Todos estas são características que a IA ainda não consegue replicar.

inteligencia artificial
IA ainda não consegue reproduzir algumas características humanas (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Zhang também destaca que funções que envolvem cuidado humano direto estão entre as menos ameaçadas. Isso porque estas áreas dependem intensamente de vínculos emocionais, sensibilidade e inteligência social. Ou seja, mesmo com o crescimento da robótica em ambientes clínicos e educacionais, o toque humano permanece insubstituível.

Por fim, ela ressalta que a adaptabilidade humana é essencial em momentos como esse. É preciso estar preparado para aprender, reaprender e se reinventar profissionalmente. Dessa forma, mesmo trabalhadores de áreas sujeitas à automação terão mais chances de encontrarem novos empregos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.