Sedentarismo prejudica ossos mesmo para quem se exercita

Atividade física e tempo sentado afetam a saúde óssea de forma independente, aponta revisão internacional
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Layse Ventura 16/09/2025 06h40
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Imagem: PeopleImages/Shutterstock
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Uma revisão abrangente da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) mostra que a saúde óssea depende não apenas da prática regular de atividades físicas, mas também da redução do tempo sentado.

Mesmo atividades leves, como caminhar, oferecem benefícios mensuráveis, enquanto longos períodos de sedentarismo aumentam o risco de fraturas.

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Estudo mostra que longos períodos sentados aumentam risco de fraturas em todas as idades – Imagem: Dave Clark Digital Photo/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • O estudo analisou densidade mineral óssea (DMO) e risco de fraturas em crianças, adolescentes, adultos e idosos.
  • Em crianças e adolescentes, passar muito tempo sentado prejudica o desenvolvimento ósseo, enquanto exercícios de impacto e sustentação de peso fortalecem os ossos.
  • Em adultos, a atividade física moderada a vigorosa aumenta a DMO e reduz o risco de fraturas, enquanto períodos prolongados sentados comprometem a saúde óssea, especialmente no quadril e na pelve.
  • Entre idosos, mesmo pequenas atividades diárias, como tarefas domésticas, melhoram a DMO e diminuem a fragilidade, especialmente em mulheres na pós-menopausa.
  • A substituição de apenas 30 minutos de sedentarismo por movimento leve já trouxe benefícios significativos para a coluna vertebral.

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Diretrizes da OMS e novas evidências reforçam importância de ambientes que incentivem movimento em todas as idades (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A / Shutterstock.com)

Impactos de sedentarismo e exercício para os ossos

A revisão reforça que atividade física e sedentarismo afetam os ossos de forma independente: ser ativo não neutraliza os danos de ficar sentado por muito tempo. Diretrizes da OMS – 60 minutos/dia para crianças e 150–300 minutos/semana para adultos – estão alinhadas com essas descobertas.

“Instamos governos, profissionais de saúde e formuladores de políticas a incentivar estilos de vida ativos e reduzir o comportamento sedentário em todas as idades para garantir ossos saudáveis e prevenir fraturas”, afirmam os pesquisadores da IOF.

Os autores destacam que políticas públicas e práticas médicas devem apoiar ambientes ativos – escolas, cidades caminháveis, academias e parques acessíveis – e que mesmos pequenos aumentos na movimentação diária podem proteger os ossos ao longo da vida.

O estudo foi publicado na revista Calcified Tissue International.

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Caminhar, tarefas leves e exercícios de impacto ajudam a proteger os ossos desde a infância até a terceira idade – Imagem: Isarapic/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.