Projeto contra adultização nas redes sociais será sancionado nesta quarta

Conhecido como “ECA Digital”, o projeto visa aumentar a segurança dos jovens nas redes sociais e foi aprovado pelo Congresso em agosto
Alessandro Di Lorenzo17/09/2025 10h33
Criança com um smartphone na mão
(Imagem: audiznam260921/Shutterstock)
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Há pouco mais de um mês, o youtuber Felipe Bressanin, conhecido como Felca, publicava um vídeo denunciando a exploração de menores de idade na produção de conteúdo para a internet. O conteúdo provocou um debate sobre a chamada “adultização” nas redes sociais.

Com o aumento das discussões sobre o tema, o Congresso Nacional aprovou no final de agosto um projeto de lei que ficou conhecido como “ECA Digital”. Nesta quarta-feira (17), o texto deve ser sancionado pelo presidente Lula.

Presidente Lula discursando na frente de bandeira do Brasil
Presidente Lula vai sancionar projeto nesta quarta (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Discussão sobre o tema estava parada desde 2024

  • Segundo informações do G1, a proposta deve virar lei em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
  • Deputados e senadores devem participar do evento.
  • A matéria estava parada na Casa desde 2024, mas foi colocada em pauta e aprovada em caráter de urgência após denúncias da chamada adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais.
  • O texto foi aprovado com amplo apoio e de forma simbólica pelo Senado no final de agosto.
  • A lei cria regras na tentativa de combater a adultização de crianças no mundo digital, seja por redes sociais, sites, programas e aplicativos, jogos eletrônicos ou plataformas específicas.

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Fachada da Câmara dos Deputados
Congresso aprovou texto no final de agosto (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

Proteção dos jovens nas redes sociais

O projeto de lei estabelece uma série de obrigações aos provedores de serviços digitais, responsabilizando as plataformas e prevendo a retirada de conteúdos considerados criminosos mesmo sem decisão judicial. Além disso, garante controle de acesso a pais e responsáveis.

O texto defende que as plataformas digitais tomem medidas “razoáveis” para prevenção de riscos a crianças e adolescentes de acessarem conteúdos ilegais ou impróprios para certas faixas etárias. O documento foi apelidado de ECA Digital, em alusão ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Redes sociais
PL cria regras para proteger crianças e adolescentes nas redes sociais (Imagem: Ahyan Stock Studios/Shutterstock)

Caso não cumpram com o estabelecido, as plataformas podem sofrer advertência e multas que vão de R$ 10 por usuário cadastrado na plataforma até um limite de R$ 50 milhões, dependendo da infração. Em último caso, as empresas podem ter suas atividades suspensas de forma temporária ou até definitiva.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.