Com o objetivo de ampliar o acesso ao exame, o Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23) novas recomendações para a realização da mamografia. Pela primeira vez, ela passa a ser recomendada para mulheres de 40 a 49 anos.
O procedimento é o principal meio disponível para diagnosticar o câncer de mama. Ele possibilita identificar alterações como nódulos, cistos e espessamentos do tecido antes de sinais clínicos de desenvolvimento da doença.

Confira as novas recomendações
- Até então, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava a mamografia apenas para mulheres de 50 a 69 anos.
- Elas deveriam ser realizadas a cada dois anos, mesmo sem sinais ou sintomas da doença.
- A partir de agora, a recomendação é que mulheres entre 40 e 49 anos realizem o procedimento a cada dois anos, mediante vontade da paciente e indicação médica.
- Para a faixa etária de 50 a 74 anos, também está prevista a realização do exame a cada dois anos.
- Já mulheres acima dos 74 anos devem decidir por fazer ou não o procedimento de acordo com comorbidades e expectativa de vida.
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Objetivo é reduzir os diagnósticos tardios de câncer de mama
As novas regras já eram defendidas pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Segundo o Ministério da Saúde, a expansão da faixa de rastreamento visa permitir que mais mulheres façam o exame regularmente.
Hoje, cerca de 37% dos diagnósticos de câncer de mama no Brasil acontecem em estágios avançados, o que diminui as chances de tratamento. As autoridades brasileiras agora esperam reduzir os diagnósticos tardios, alinhar a política nacional às recomendações de sociedades médicas e ampliar o acesso tanto a exames quanto a terapias modernas.

A pasta também anunciou o lançamento de um manual de diagnóstico precoce e alta suspeição, voltado para apoiar profissionais da atenção primária. Em outra frente, serão destinados R$ 100 milhões em parceria com o CNPq para pesquisas em câncer de mama, colo de útero e colorretal. As informações são do G1.