Microsoft cria novo sistema de resfriamento de chips de IA

Segundo a empresa, a técnica permite aumentar a velocidade de processamento sem se preocupar com a possibilidade de derretimento dos chips
Alessandro Di Lorenzo24/09/2025 11h15
microsoft
(Imagem: ShU studio / Shutterstock.com)
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Um dos maiores desafios relacionados à inteligência artificial é o enorme consumo de energia. Parte do problema tem a ver com as unidades de processamento gráfico (GPUs), circuitos eletrônicos capazes de realizar cálculos matemáticos em alta velocidade.

Estes dispositivos superaquecem durante a operação, exigindo formas de resfriamento para impedir que eles derretam e parem de funcionar. Neste sentido, a Microsoft acaba de anunciar um novo sistema de resfriamento mais eficaz.

Novo sistema de resfriamento foi apresentado pela empresa (Imagem: divulgação/Microsoft)

Capacidade de resfriamento três vezes superior

  • Segundo comunicado da gigante da tecnologia, o novo sistema é baseado em microfluídica.
  • O método já é conhecido, mas sempre foi considerado de difícil implementação.
  • A empresa afirma que sua abordagem pode levar a um resfriamento três vezes superior do que os métodos atuais.
  • No entanto, isso não significa que ele seja melhor para o meio ambiente.
  • Isso porque o consumo de energia continuará sendo bastante elevado.
  • A única diferença é na capacidade de resfriar o sistema.

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Técnica permite aumentar a velocidade de processamento sem se preocupar com a possibilidade de derretimento do chip (Imagem: Smileus/Shutterstock)

Novidade da empresa promete aumentar eficiência

Muitos data centers contam com placas frias para evitar o superaquecimento das GPUs. Embora eficazes até certo ponto, elas são separadas da fonte de calor por várias camadas de material, o que limita seu desempenho.

No novo sistema da Microsoft, o líquido se move através de canais semelhantes a fios gravados na parte de trás do chip. A empresa diz que a técnica pode reduzir o aumento máximo da temperatura do silício dentro de uma GPU em 65%.

Isso possibilitaria aumentar a velocidade de processamento sem se preocupar com a possibilidade de derreter o chip. Além disso, permitira colocar os servidores mais próximos fisicamente, reduzindo a latência.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.