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5 jogos desconhecidos de Hideo Kojima

Apesar de “Metal Gear” e “Death Stranding” serem os títulos mais famosos de Hideo Kojima, eles estão longe de representar toda a genialidade do criador japonês.

Considerado um dos maiores visionários da indústria de games, Kojima é mestre em narrativa, inovação e mecânicas únicas, mas também possui uma série de obras menos conhecidas, verdadeiras pérolas escondidas que muitos jogadores sequer ouviram falar.

Esses jogos demonstram seu talento para experimentar gêneros diferentes, explorar novas tecnologias e criar experiências memoráveis que desafiam convenções.

Pensando nisso, separamos nessa lista cinco jogos desconhecidos de Hideo Kojima, mostrando lados de sua carreira que vão muito além dos holofotes. Prepare-se para descobrir aventuras de ficção científica, cyberpunk, RPGs e visual novels que provam que a criatividade do japonês não conhece limites. Se você é fã ou curioso sobre a obra de Kojima, este é um guia essencial para conhecer os segredos da sua carreira.

5 jogos desconhecidos de Hideo Kojima

Zone of the Enders (2001)

Imagem: PLaySation/Divulgação

“Zone of the Enders” surgiu quando Hideo Kojima já era famoso por “Metal Gear Solid”, mas queria explorar novos gêneros sem deixar de lado sua assinatura narrativa. O jogo de ação com mechas permitiu que ele experimentasse ritmo acelerado e cenários tridimensionais complexos, algo que ele considerava limitado em “Metal Gear”.

Além disso, a parceria com o artista Yoji Shinkawa ajudou a criar designs de mechas icônicos, reforçando a estética visual que Kojima valorizava. O jogo foi um laboratório para testar combate ágil, narrativa cinematográfica em tempo real e trilha sonora orquestrada, elementos que depois influenciariam títulos como “Metal Gear Solid” 2 e 3.

Apesar de não ser um sucesso comercial estrondoso, “Zone of the Enders” provou que Kojima podia transitar entre gêneros e ainda assim entregar experiências imersivas.

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Policenauts (1994)

Imagem: Sabukaru/Reprodução

“Policenauts” nasceu da ambição de Kojima de criar uma narrativa mais adulta e madura, inspirada em filmes de ficção científica e noir. O jogo combina investigação, ficção científica e drama pessoal, com elementos que não eram comuns em jogos japoneses da época.

Kojima quis usar a história do astronauta Jonathan Ingram para explorar temas complexos como a mortalidade, relações humanas e consequências éticas da tecnologia.

Além disso, foi um dos primeiros projetos em que ele experimentou o conceito de “cinematics interativos”, cutscenes longas que se aproximavam de filmes, algo que se tornaria marca registrada em Metal Gear Solid.

A decisão de criar “Policenauts” mostra como Hideo Kojima sempre buscou inovação narrativa, mesmo que isso significasse atingir um público menor, já que o jogo nunca foi lançado oficialmente fora do Japão.

Snatcher (1988)

(Imagem: YouTube/Reprodução)

Antes de se tornar um nome global, Hideo Kojima trabalhou em “Snatcher”, uma aventura cyberpunk inspirada por “Blade Runner” e filmes noir. O jogo foi importante porque permitiu que ele refinasse sua habilidade de criar atmosferas densas e personagens memoráveis, habilidades que seriam vitais em sua obra futura.

“Snatcher” também testou a mistura de narrativa interativa com elementos de investigação, estabelecendo a base para os complexos sistemas de storytelling que apareceriam em “Metal Gear Solid”.

Kojima queria desafiar o conceito de que jogos precisavam ser apenas ação, ele acreditava que os videogames podiam contar histórias profundas, com ritmo, tensão e desenvolvimento de personagem, algo que se tornaria uma assinatura de sua carreira.

Boktai: The Sun Is in Your Hand (2003)

(Imagem: Konami/DIvulgação)

Com “Boktai”, Kojima deu um passo ousado: integrar tecnologia real à jogabilidade. A ideia de um sensor de luz solar no cartucho do jogo de GameBoy Advance surgiu da vontade de criar experiências únicas e imersivas, algo que transcendesse a tela. Kojima queria que o jogador estivesse fisicamente envolvido no jogo, uma forma de unir mundo real e virtual.

Além disso, “Boktai” permitiu que ele experimentasse narrativa em RPG com mecânicas inovadoras, como usar a luz solar para derrotar inimigos. Esse projeto é um exemplo da obsessão de Kojima por quebrar limites da indústria e oferecer experiências diferenciadas, influenciando conceitos de interatividade e tecnologia que ele exploraria em outros projetos futuramente.

Tokimeki Memorial Drama Series: Vol.1 – Nijiiro no Seishun (1997)

(Imagem: YouTube/Reprodução)

Embora Hideo Kojima não tenha sido o diretor principal, sua produção em “Tokimeki Memorial Drama Series” revela seu interesse em explorar narrativas mais humanas e complexas. O jogo de visual novel romântico permitiu que ele observasse como personagens interativos podiam criar empatia e conexão emocional, conceitos que mais tarde influenciariam seu trabalho em “Metal Gear Solid 3” e “Death Stranding”.

Kojima queria entender como o jogador se engaja emocionalmente, não apenas através da ação, mas por meio de escolhas e relacionamentos. Esse projeto demonstra que sua visão não se restringe a combates ou espionagem, ele busca sempre inovar na forma de contar histórias, incluindo romances, dramas e decisões morais.

Embora “Metal Gear” e “Death Stranding” sejam os títulos mais conhecidos de Hideo Kojima, sua carreira é marcada por uma diversidade impressionante de jogos que exploram diferentes gêneros e tecnologias.

Desde aventuras interativas no espaço até RPGs que utilizam luz solar real, Kojima demonstra uma capacidade única de inovar e desafiar as convenções da indústria de jogos. Esses títulos menos conhecidos oferecem uma visão mais ampla do talento e da visão criativa de Kojima, mostrando que sua influência vai muito além dos jogos mais populares.

Esta post foi modificado pela última vez em 24 de setembro de 2025 16:23

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Publicado por
Danilo Oliveira
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