Novo colírio usa nanotecnologia para combater problemas de visão

Produto se mostrou eficaz na proteção da retina, sendo uma alternativa menos invasiva para tratar condições graves de visão
Alessandro Di Lorenzo25/09/2025 06h10
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Imagem: megaflopp/Shutterstock
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Os problemas de visão tendem a ficar cada vez mais comuns. Este cenário é resultado da maior exposição à luz de celulares e de outras telas, o que pode contribuir para danos aos nossos olhos ao longo do tempo.

Neste sentido, um novo colírio pode ajudar a combater este cenário. Em testes, o produto se mostrou eficaz no fornecimento de compostos protetores, aumentando as esperanças de um tratamento menos invasivo de condições graves de visão.

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Composto atua protegendo a saúde da retina (Imagem: AnnaVel/Shutterstock)

Novo tratamento menos invasivo

  • O objetivo dos pesquisadores era encontrar novas formas de combater a degeneração macular relacionada à idade (DMRI).
  • Esta condição danifica a retina, especificamente a mácula, e pode causar cegueira.
  • Os principais fatores de risco são idade, histórico familiar, dieta, pressão alta, obesidade, tabagismo e estilo de vida.
  • A forma de tratamento disponível inclui injeções de luteína, um composto antioxidante que pode ajudar na proteção da saúde da retina, retardando ou prevenindo danos no local.
  • No novo trabalho, a equipe demonstrou que um colírio consegue atingir os mesmos resultados.
  • O diferencial é o fato de se tratar de um tratamento menos invasivo, segundo informações do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT).

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Composto se mostrou eficaz durante testes em camundongos (Imagem: Will Wright/Universidade RMIT)

Nanotecnologia garante eficácia do colírio

O trabalho revelou que a luteína fornecida pelo colírio protegeu as células da retina do estresse e dos danos ligados à perda de visão. A fórmula foi projetada para tratar os estágios iniciais da degeneração macular relacionada à idade.

Injeções oculares frequentes são desconfortáveis e podem ser angustiantes para os pacientes. Se a formulação funcionar, as pessoas podem usar o colírio como uma medida preventiva que pode reduzir o risco de desenvolver doenças em estágio avançado e a necessidade de injeções.

Dao Nguyen, uma das autoras do estudo
Pesquisador olhando substância no microscópio
Nanotecnologia é um dos diferenciais do novo produto (Imagem: shisu_ka/Shutterstock)

Segundo os pesquisadores, outro diferencial é o uso de nanotecnologia para garantir a eficácia do produto. O colírio conta com portadores de cubossomos que agem como pequenos escudos, mantendo o composto seguro e liberando-o de maneira controlada quando ele está dentro do olho.

Apesar dos resultados promissores, a equipe destaca que o trabalho ainda está em um estágio inicial. Por enquanto, os testes foram realizados apenas em camundongos. O objetivo agora é ampliar os experimentos para humanos.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.