Este robô autônomo pode retirar o lixo do fundo do mar

Dispositivo conta com quatro "garras" e usa um sistema de IA que ajuda a mapear e localizar os resíduos no fundo do mar
Alessandro Di Lorenzo25/09/2025 06h40
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Imagem: divulgação/TUM
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O acúmulo de lixo no fundo do mar é um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Estimativas apontam que cerca de 80% dos resíduos são despejados diretamente ou levados por rios e pela chuva, enquanto os outros 20% têm origem em fontes como apetrechos de pesca abandonados.

Estes objetos, especialmente os plásticos, ameaçam a vida marinha e também podem causar problemas de saúde em humanos a partir do consumo de peixes, por exemplo. Para tentar minimizar esses danos, um robô foi desenvolvido na Europa.

Dispositivo conta com sistema que identifica os resíduos (Imagem: divulgação/TUM)

Robô conta com “garras” para retirar os resíduos

  • O projeto SEACLEAR, financiado pela União Europeia, tem como objetivo desenvolver equipes autônomas de limpeza.
  • Foi assim que surgiu um robô capaz de recuperar o lixo do Porto de Marselha, na França.
  • O dispositivo conta com quatro “garras” que podem agarrar objetos com uma força de 4 mil newtons.
  • Se for necessário um toque menos esmagador, os sensores integrados “permitem medir quanta força pode ser aplicada sem causar danos”.
  • Isso evita que baldes de plástico ou garrafas quebrem durante o processo de limpeza.
  • O equipamento se move sob seu próprio vapor abaixo da água graças a oito hélices montadas em sua estrutura.
  • As informações foram divulgadas pela Universidade Técnica de Munique (TUM).

Veja o robô em operação:

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Sistema usa IA para localizar os objetos

A localização e a identificação dos resíduos no fundo do mar é realizada por meio de sonar e uma câmera de visão, além do uso de inteligência artificial. Esse conjunto de sistemas permite que o robô reconheça o lixo e até decida qual a melhor foram de retirá-lo.

Trabalho de limpeza tem como objetivo preservar a vida marinha (Imagem: Solarisys/Shutterstock)

Para isso, um navio de serviço não tripulado gera um mapa do fundo do mar a partir de ondas ultrassônicas, enquanto o robô fica responsável pela limpeza. Um bote autônomo adicional ainda fica disponível para coletar os objetos retirados da água.

A tecnologia ainda está em fase de testes e o objetivo é que todo o processo seja completamente autônomo. No futuro, os responsáveis pelo projeto esperam criar verdadeiras frotas que garantam a limpeza dos locais.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.