Siga o Olhar Digital no Google Discover
No mês passado, a Assembleia Geral da ONU anunciou medidas para debater e evitar possíveis danos causados pela inteligência artificial. A primeira é a criação de um painel científico independente, que contará com 40 especialistas. A segunda é a formação de um fórum global, onde esses especialistas apresentarão relatórios anuais.
Ofertas
Por: R$ 56,90
Por: R$ 25,55
Por: R$ 3.443,33
Por: R$ 39,90
Por: R$ 2.499,90
Por: R$ 5.610,00
Por: R$ 3.439,00
Por: R$ 1.888,99
Esse grupo apresentará os relatórios no fórum chamado Diálogo Global sobre Governança da IA. As primeiras edições já têm data e local definidos: em 2026, em Genebra, e em 2027, em Nova York.

Imagem: tadamichi/Shutterstock
Reino Unido, França e Coreia do Sul já realizaram cúpulas globais sobre IA. No entanto, nenhuma delas resultou em compromissos vinculativos para garantir a segurança da tecnologia.
A ONU afirmou, em comunicado, que a nova arquitetura de governança será uma forma muito mais inclusiva de gestão internacional. Ela abordará as questões relacionadas à IA e garantirá que seus benefícios alcancem todas as pessoas. As informações são do site EuroNews.
Prioridades
A inteligência artificial foi o foco principal da reunião anual de alto nível das Nações Unidas, realizada nesta semana em Nova York. Líderes do Conselho de Segurança da ONU discutiram os possíveis benefícios e riscos da IA em áreas como segurança, uso militar e desinformação.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, identificou quatro prioridades para a IA:
- Garantir o controle humano sobre o uso da força.
- Construir estruturas regulatórias globais coerentes.
- Proteger a integridade da informação em situações de conflito e insegurança.
- Reduzir a lacuna de capacidades em IA.
Guterres também destacou como a IA pode ajudar a solucionar e antecipar problemas. Em seu discurso, afirmou:
O questionamento não é se a IA influenciará a paz e a segurança internacionais, mas como vamos moldar essa influência para que seja usada de forma responsável.
António Guterres

O debate geral de quarta-feira girou em torno de como o Conselho pode contribuir para garantir o uso responsável da IA, em conformidade com o direito internacional, apoiando processos de paz e prevenção de conflitos.
Vários líderes europeus enfatizaram a necessidade de o Conselho liderar os esforços para garantir que a IA não seja utilizada por militares sem supervisão humana. O objetivo é evitar escaladas ou erros potencialmente devastadores.
Leia mais:
- Vencedores do Prêmio Nobel fazem alerta sobre as IAs na ONU
- Era da IA Agêntica: quando inovação e talento se tornam inseparáveis
- Meta desafia Apple com novos óculos de IA
Participação ampla
O chefe da ONU realizará uma reunião na quinta-feira para lançar oficialmente os dois novos órgãos. Será a primeira vez que todos os 193 Estados-Membros da ONU terão voz na forma como a governança internacional da IA será desenvolvida, segundo a organização.

Anteriormente, especialistas líderes em IA e ganhadores do Prêmio Nobel, incluindo figuras seniores da OpenAI, Google DeepMind e Anthropic, haviam feito um apelo para que as Nações Unidas liderassem um tratado global vinculativo. Esse tratado deveria estabelecer “mínimos limites de segurança” para a IA, com o objetivo de evitar os “riscos mais urgentes e inaceitáveis”.
Entre os signatários do apelo estavam parlamentares europeus, como o ex-primeiro-ministro italiano Enrico Letta e a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, que atualmente atua como alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos.