Dona do antigo ‘Fifa’ é vendida por mais de US$ 50 bilhões

A negociação tem como objetivo retomar o crescimento das receitas da tradicional fabricante de games Electronic Arts (EA)
Alessandro Di Lorenzo29/09/2025 14h10
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Imagem: Rick Neves/Shutterstock
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Em um acordo histórico, a famosa fabricante de videogames Electronic Arts (EA) está sendo vendida para um grupo de investidores. A negociação envolve a empresa de private equity Silver Lake Partners, o fundo soberano da Arábia Saudita PIF e a Affinity Partners.

O negócio, que ainda precisa da aprovação dos acionistas da EA, deve ser concluído no primeiro trimestre de 2027. Se tudo ocorrer como o esperado, essa será a maior aquisição financiada por empresas de capital privado da história.

Capa do jogo Sports FC 2025
Fabricante é a dona do Sports FC 2025, antigo Fifa (Imagem: divulgação/Electronic Arts)

Ações da empresa dispararam com acerto

  • Em comunicado, a dona de jogos como o antigo Fifa (hoje EA Sports FC) e The Sims afirmou que cada acionista receberá US$ 210 por ação.
  • Isso significa que o valor total da negociação deve ser de US$ 52,5 bilhões (quase R$ 280 bilhões).
  • A Affinity Partners, uma das envolvidas na compra, é dirigida pelo genro do presidente Donald Trump, Jared Kushner.
  • Já o fundo soberano PIF já era o maior acionista interno da Electronic Arts e agora renovará sua participação atual de 9,9% na empresa.
  • A entidade tem sido uma participante ativa no mercado de videogames desde 2022, já sendo investidora minoritária da Nintendo, por exemplo.
  • As ações da EA subiram quase 5% nesta segunda-feira (29).
  • Na sexta (26), os papéis já haviam tido uma valorização de 15% em função dos rumores de uma possível venda.

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Apesar de tradicional, fabricante vive momento de estagnação (Imagem: shutterstock/Sergei Elagin)

Objetivo é retomar o crescimento

Quando concluída, a negociação encerrará a história de 36 anos da EA como empresa de capital aberto, que começou com suas ações fechando o primeiro dia de negociação a 52 centavos, ajustados pela divisão. O CEO Andrew Wilson lidera a empresa desde 2013 e permanecerá no cargo.

Ao se tornar privada, a fabricante de videogames poderá reprogramar suas operações sem estar sujeita às pressões de investimento que podem levar a decisões equivocadas com o objetivo de atingir metas financeiras trimestrais. As receitas anuais da EA permanecem estagnadas durante os últimos três anos fiscais, oscilando entre US$ 7,4 bilhões e US$ 7,6 bilhões.

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Venda da Electronic Arts é histórica (Imagem: ricochet64/Shutterstock)

Apesar do histórico envolvendo negociações do tipo, não são esperadas demissões na empresa. Isso porque a companhia já cortou cerca de 5% de sua força de trabalho no ano passado, além de realizar novos desligamentos em maio deste ano.


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Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.