Nova terapia dobra tempo sem progressão no câncer de próstata

Um ensaio clínico conduzido pelo UCLA Health Jonsson Comprehensive Cancer Center mostrou que a adição de uma terapia radioligante direcionada ao PSMA antes da radioterapia corporal estereotáxica (SBRT) pode mais que dobrar o tempo sem progressão da doença em pacientes com câncer de próstata recorrente.

No ensaio de fase 2, chamado LUNAR, 92 homens foram divididos em dois grupos: um tratado apenas com SBRT e outro que recebeu duas doses do radioligante antes da SBRT.

Resultados do estudo

• Pesquisadores observaram uma sobrevida livre de progressão: 17,6 meses com a combinação, contra 7,4 meses com SBRT isolada.
• Houve ainda redução de 63% no risco de retorno do câncer, necessidade de terapia hormonal ou morte.
• Também se viu o adiamento da terapia hormonal: 24,3 meses com a combinação, contra 14,1 meses com SBRT.
• Segundo o Dr. Amar Kishan, autor principal do estudo, esse é o primeiro ensaio randomizado a comprovar que a adição de radioligantes ao tratamento pode retardar de forma significativa a progressão da doença.

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Impacto e próximos passos

Os pesquisadores destacam que a terapia combinada teve efeitos colaterais mínimos e mostrou benefícios em todos os subgrupos de pacientes. Além disso, identificaram marcadores biológicos que podem ajudar a prever quais pacientes responderão melhor ao tratamento.

Apesar dos avanços, 64% dos participantes ainda tiveram progressão da doença, sinal de que o câncer microscópico continua sendo um grande desafio.

“Podemos intervir mais cedo com radioligantes e mudar o curso da doença, sem aumentar significativamente os efeitos colaterais”, afirmou Kishan.

Os especialistas reforçam que novas pesquisas de longo prazo são necessárias, mas o estudo representa um passo importante no uso da teranóstica baseada em PSMA, que combina imagem e terapia para atacar tumores de forma mais precisa.