Imagem: reprodução/Biblioteca Nacional da Suécia
O maior manuscrito medieval conhecido tem 310 folhas e reúne diversos textos. Chamado de Codex Gigas, ele tem sido estudado por pesquisadores há anos, mas continua despertando interesse e intrigando os estudiosos devido a algumas lendas.
A mais famosa delas conta que um monge tcheco foi condenado a ser emparedado vivo e que teria prometido escrever, em uma única noite, o maior livro do mundo para escapar da punição. Para isso, no entanto, teria pedido ajuda ao Diabo, oferecendo sua alma em troca. É por isso que a obra é popularmente conhecida como “Bíblia do Diabo”.
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A história do Codex Giga também chama a atenção. Registros históricos apontam que ele foi produzido entre 1204 e 1230, provavelmente por um único escriba recluso. A obra passou por diferentes mosteiros até chegar a Praga, em 1594, pelas mãos do imperador Rodolfo II, conhecido por seu interesse no ocultismo.
Durante a Guerra dos Trinta Anos, em 1648, o manuscrito foi roubado pelas tropas suecas e levado a Estocolmo, onde permanece até hoje na Biblioteca Nacional da Suécia. Ele está guardado sob rigorosas condições de conservação.
Desde essa última ‘viagem’, surgiram novas lendas. Alguns relatos de guardas dizem que a “Bíblia do Diabo” foi vista flutuando nos corredores da biblioteca. Além disso, existe a crença de que o dramaturgo sueco August Strindberg buscava contato com o submundo lendo a obra à luz de fósforos.
Esta post foi modificado pela última vez em 30 de setembro de 2025 12:32