Imagem: Sergii Sobolevskyi/Shutterstock
Pesquisadores da University College London (UCL) e do Imperial College London conseguiram demonstrar, pela primeira vez, como antibióticos da classe das polimixinas penetram a armadura protetora de bactérias perigosas.
Esses medicamentos, descobertos há mais de 80 anos, são usados como último recurso contra infecções causadas por bactérias Gram-negativas, que possuem uma camada externa difícil de atravessar.
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Os experimentos mostraram que esse mecanismo só funciona em bactérias ativas.
Quando em estado de dormência — estratégia que permite às células sobreviverem a longos períodos desfavoráveis — as polimixinas se tornam ineficazes. Essa descoberta ajuda a explicar por que algumas infecções retornam mesmo após tratamentos intensivos.
Os pesquisadores sugerem que futuras terapias poderão combinar polimixinas com métodos capazes de “acordar” bactérias dormentes, tornando-as novamente vulneráveis. A pesquisa também reforça a importância de considerar o estado fisiológico das bactérias ao avaliar a eficácia de antibióticos.
Diante do avanço da resistência antimicrobiana, que já causa mais de 1 milhão de mortes por ano, o estudo oferece novos caminhos para potencializar medicamentos vitais e enfrentar um dos maiores desafios da saúde global.
Esta post foi modificado pela última vez em 30 de setembro de 2025 13:06