Imagem: EJManzaneque/Shutterstock
Um feito inédito na medicina. Cientistas dos Estados Unidos produziram, pela primeira vez, embriões humanos em estágio inicial através da manipulação de DNA retirado das células da pele de pessoas, fertilizadas com espermatozoides.
Segundo a equipe responsável pelo trabalho, a técnica pode ajudar a combater a infertilidade causada por doenças ou pela idade avançada. Além disso, pode ser usada para que casais do mesmo sexo tenham filhos geneticamente relacionados aos dois parceiros.
Leia mais
Segundo informações da BBC, o experimento resultou na produção de 82 óvulos funcionais. Eles foram fertilizados com espermatozoides e alguns deles progrediram para os estágios iniciais de desenvolvimento de embriões. No entanto, nenhum deles se desenvolveu além do estágio de seis dias.
Os pesquisadores ressaltam que ainda é necessário aperfeiçoar a técnica. Um dos problemas é que o índice de sucesso é baixo, apenas cerca de 9%. Além disso, os cromossomos perdem um processo importante de recombinação do DNA, conhecido como permutação cromossômica.
Outro ponto que ainda precisa ser abordado é o fato do óvulo escolher aleatoriamente quais cromossomos irá descartar. Ao final do processo, ele precisa ter um cromossomo de cada um dos 23 tipos para evitar doenças, mas acaba ficando com dois cromossomos de alguns tipos e nenhum de outros.
A expectativa é que possa demorar uma década até que a novidade esteja pronta para ser disponibilizada para a população. De qualquer forma, é um grande avanço que pode ajudar mulheres idosas que não possuem mais óvulos viáveis, homens que não produzem espermatozoides em quantidade suficiente ou para combater a infertilidade causada por tratamento de câncer, por exemplo.
Esta post foi modificado pela última vez em 1 de outubro de 2025 10:13