Cancelar serviços de streaming ou assinaturas digitais é, muitas vezes, uma tarefa deliberadamente complicada.
Empresas dificultam o processo como parte de sua estratégia de negócios — caso da Amazon, que chegou a pagar US$ 2,5 bilhões em acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC) por práticas que tornavam a saída do Prime mais difícil.
Nesse cenário, agentes de inteligência artificial surgem como uma possível solução, como explica um artigo do Washington Post.

IA encerrando assinaturas da Netflix ou Spotify
- No ChatGPT, por exemplo, a função de “modo agente” permite que a IA navegue em sites, clique em botões e conclua processos burocráticos, como o cancelamento de assinaturas.
- Usuários relatam que a ferramenta já conseguiu encerrar serviços como Netflix, Spotify e Dropbox, embora tenha falhado em plataformas como Amazon Prime, Google One e Uber One.
- O diferencial tecnológico está na capacidade da IA de interpretar telas e capturas de imagem, algo que amplia seu potencial de atuação.
- Ainda assim, especialistas lembram que esses agentes não são totalmente confiáveis e devem ser usados apenas em tarefas reversíveis ou de baixo risco.
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Limitações, riscos e próximos passos
Apesar do avanço, a experiência mostra que a ferramenta pode ser lenta, cometer erros e até encontrar barreiras impostas por grandes empresas de tecnologia, que bloqueiam acessos automatizados.
Além disso, há preocupações de segurança: para operar, a IA precisa de login e senha dos usuários, o que exige cuidados redobrados com privacidade e proteção de dados.
Pesquisadores alertam que não é recomendável dar a agentes de IA acesso a decisões de alto risco ou operações financeiras. O conselho, por ora, é simples: usar com cautela e sempre verificar.
Enquanto isso, gigantes como Google já planejam inserir recursos semelhantes em seus navegadores, indicando que os agentes devem se tornar parte cada vez mais presente do cotidiano digital.
