Uma mina vai virar data center na Itália; conheça o projeto

A corrida pela inteligência artificial tem feito com que vários países invistam na construção de data centers. Dessa forma, estes espaços têm surgido nos mais diversos locais. Mas um caso na Itália chama a atenção.

A infraestrutura de IA em questão ficará dentro de um mina de dolomita, mineral encontrado em rochas calcárias e usado como pó em cosméticos e suplementos alimentares. Este será o primeiro complexo do tipo localizado na Europa.

Minas não costumam ser ambientes adequados para um data center

• Conhecido como Trentino DataMine, o projeto é uma joint venture entre a Universidade de Trento, na Itália, e um pequeno grupo de empresas privadas.
• O custo total da obra será de 50,2 milhões de euros (cerca de R$ 314 milhões).
• O que mais impressiona, no entanto, é a escolha do local.
• Isso porque minas costumam ser muito úmidas, um cenário nada adequada para hospedar um data center.
• Acontece que a rocha dolomita está absolutamente seca e localizada em uma montanha estável.
• As informações são do portal Euronews.

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Segurança contra fenômenos naturais e ataques cibernéticos

A construção do data center dentro da mina é também uma questão de segurança. Localizada a 100 metros abaixo do solo, a estrutura estará a salvo de terremotos e ataques com bombas, enquanto a segurança cibernética será garantida pela impenetrabilidade da rocha por ondas eletromagnéticas e pelo uso dos mais altos níveis de tecnologia disponíveis, que serão constantemente atualizados.

Há anos havia a intenção de fazer uso desses espaços que possuem características únicas, muito adequados para hospedar um data center. Decidimos seguir em frente porque há uma combinação de segurança física com baixo impacto ambiental e energético.

Roberto Loro, diretor de tecnologia da Dedagroup e membro do conselho da Trentino DataMine

Cerca de 60 trabalhadores estão instalando 50 quilômetros de cabos elétricos e de fibra óptica e três quilômetros de tubulações no local. O espaço ainda contará com sistemas de ventilação, embora grande parte do resfriamento venha naturalmente da temperatura constante de 12°C da mina.

Aproximadamente 80% da instalação será subterrânea, com o restante dedicado a escritórios, segurança e áreas de recepção. Os gabinetes para abrigar servidores já estão instalados e devem entrar em operação no mês de dezembro.