Sagittarius B2 registrado pelo Webb nas Imagens Astronômicas da Semana

Na última semana, apresentamos duas imagens da nuvem molecular Sagittarius B2 registrada por dois distintos instrumentos do James Webb
Por Marcelo Zurita, editado por Lucas Soares 06/10/2025 21h45
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Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas imagens da nuvem molecular Sagittarius B2 registrada por dois distintos instrumentos do James Webb. Confiram:

No Infravermelho Próximo

[ Créditos: NASA, ESA, CSA, STScI, A. Ginsburg, N. Budaiev, T. Yoo, A. Pagan ]

A primeira imagem mostra uma bela composição de estrelas, gás e poeira cósmica,  brilhando em luz infravermelha próxima, na nuvem molecular Sagittarius B2. O registro é da Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) do Telescópio Espacial James Webb. Nessa faixa do espectro luminoso, os astrônomos observam principalmente as estrelas diversas e coloridas da região, mas menos de sua estrutura de gás e poeira. Cada um dos instrumentos do Webb fornece aos astrônomos informações importantes que ajudam a construir uma imagem mais completa do que está acontecendo nesta intrigante porção do centro da nossa galáxia.

Original em: https://assets.science.nasa.gov/content/dam/science/missions/webb/science/2025/09/STScI-01K4T8XYNBJ9A93DJ9KYQJE2WF.png/jcr:content/renditions/11256×4877.jpg

No Infravermelho Médio

[ Créditos: NASA, ESA, CSA, STScI, A. Ginsburg, N. Budaiev, T. Yoo, A. Pagan ]

Já a segunda imagem mostra exatamente a mesma região do céu, também fotografada pelo Webb, mas desta vez pelo MIRI, o Instrumento de Infravermelho Médio do telescópio espacial. Nessa faixa do espectro, apenas as estrelas mais brilhantes ficam em evidência, mas a poeira quente brilha intensamente. À direita, há um aglomerado de nuvens que chamou a atenção dos astrônomos. Ele é mais vermelho do que o restante das nuvens na imagem e corresponde a uma área que outros telescópios demonstraram ser uma das regiões mais ricas em moléculas conhecidas, o que pode fornecer informações importantes sobre por que esta região da Via Láctea é muito mais produtivo na formação de estrelas do que o restante do centro galáctico.

Marcelo Zurita
Colunista

Pres. Associação Paraibana de Astronomia; membro da Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – e coordenador regional do Asteroid Day Brasil

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.