Siga o Olhar Digital no Google Discover
A transição energética consiste na mudança de sistemas baseados em combustíveis fósseis para um modelo mais sustentável, priorizando fontes renováveis como solar e eólica. Este processo é considerado fundamental para combater as mudanças climáticas.
Ofertas
Por: R$ 19,90
Por: R$ 819,00
Por: R$ 22,90
Por: R$ 2.240,00
Por: R$ 1.998,89
Por: R$ 2.498,89
Por: R$ 404,90
Por: R$ 129,90
Por: R$ 412,69
Por: R$ 593,00
Por: R$ 3.598,94
Por: R$ 469,00
Por: R$ 5.610,00
Por: R$ 88,50
Por: R$ 19,99
Por: R$ 449,00
Por: R$ 597,00
Por: R$ 209,90
Por: R$ 499,00
Por: R$ 720,00
Por: R$ 1.481,05
Por: R$ 999,00
Por: R$ 419,00
Por: R$ 2.315,00
Por: R$ 379,00
Por: R$ 1.616,02
Por: R$ 788,40
Por: R$ 179,90
Por: R$ 1.200,00
Por: R$ 3.999,00
Por: R$ 1.319,00
Por: R$ 2.759,00
Por: R$ 199,00
Por: R$ 166,19
Por: R$ 399,00
Por: R$ 132,00
Por: R$ 1.999,00
Por: R$ 473,00
No entanto, essa importante alteração não depende apenas de infraestrutura ou inovação tecnológica. Ela exige também compreensão, engajamento e uma mudança de comportamento da sociedade, o que começa pela educação das pessoas.

Brasileiros precisam ser capazes de tomar decisões conscientes
- Em artigo publicado no portal The Conversation, o professor Alexandre Beluco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), defende que ensinar o uso racional da energia é formar cidadãos capazes de tomar decisões conscientes sobre consumo, sustentabilidade e justiça social.
- Quando a energia “mora na vizinhança”, diz o pesquisador, ela deixa de ser um serviço invisível e passa a ser um instrumento de educação, cidadania e decisão coletiva.
- Dessa forma, a descentralização da geração elétrica pode impulsionar uma transição energética mais justa, participativa e enraizada nos vínculos locais.
- Os benefícios dessa mudança são gigantescos, ainda mais em um país com tamanho potencial na geração de energia limpa.
Leia mais
- Molécula orgânica inédita pode transformar energia solar
- Estudo revela que custo da energia solar caiu 99% desde a década de 1970
- Megausina solar confirma protagonismo do Brasil em energia limpa

Transição energética não pode ser imposta
Alexandre Beluco afirma que quando bairros, escolas e associações locais passam a gerar e gerenciar sua própria eletricidade, o sistema deixa de ser opaco e distante. Ele se torna visível, compreensível e, acima de tudo, compartilhado. Ele cita que projetos como Procel Educação, da Eletrobras, e Energia que Transforma, do Instituto Ideal, mostraram que escolas públicas podem ser espaços estratégicos para essa formação.
Quando alunos aprendem sobre eficiência energética, fontes renováveis e impactos ambientais, eles não apenas mudam hábitos — eles influenciam suas famílias, seus bairros e suas comunidades. A energia, nesse contexto, deixa de ser um conceito abstrato (e se afasta também de interpretações míticas) e passa a ser parte da vida cotidiana. É nesse encontro entre conhecimento e território que se constrói uma “cidadania energética”: ativa, crítica e comprometida com o futuro.
Alexandre Beluco, professor da UFRGS

O pesquisador observa que isso significa alunos que monitoram o consumo da escola, moradores que discutem eficiência energética em assembleias, vizinhos que decidem juntos sobre investimentos em infraestrutura. A energia, nesse contexto, vira assunto público. E a descentralização se revela como uma ferramenta de formação cidadã, capaz de fortalecer vínculos, ampliar o protagonismo local e democratizar decisões que antes estavam restritas a poucos.
Quanto mais próximo o consumidor estiver da lógica do sistema, maior será sua capacidade de contribuir para o equilíbrio e a eficiência. A descentralização, nesse sentido, não é só uma questão técnica: ela é pedagógica. Ao popularizar conceitos como geração distribuída, prosumidor, eficiência energética e comunidades energéticas, criamos condições para que a sociedade participe ativamente da transição. É no consumo consciente, na gestão local e na apropriação dos saberes energéticos que as energias renováveis encontram sua verdadeira potência.
Alexandre Beluco, professor da UFRGS