Microsoft quer competir com OpenAI e aposta em IA própria para saúde

Chatbot incorporará informações médicas licenciadas e terá foco em decisões informadas para usuários com condições complexas
Leandro Costa Criscuolo10/10/2025 05h30, atualizada em 10/10/2025 21h16
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A Microsoft busca se tornar uma potência em chatbots de inteligência artificial própria, reduzindo a dependência da OpenAI e do ChatGPT.

Parte dessa estratégia é concentrar esforços na área da saúde, onde a empresa acredita poder oferecer soluções mais precisas e confiáveis para usuários e consolidar a marca Copilot, conforme mostra uma matéria exclusiva do Wall Street Journal.

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Atualização do chatbot integrará conteúdo da Harvard Medical School para oferecer respostas médicas mais confiáveis (Imagem: Mijansk786 / Shutterstock.com)

Copilot terá atualização para responder sobre saúde

  • Uma grande atualização do Copilot, prevista para este mês, trará informações da Harvard Medical School para responder a perguntas sobre saúde, com licenciamento oficial.
  • Segundo Dominic King, vice-presidente de saúde da Microsoft AI, o objetivo é fornecer respostas alinhadas às recomendações médicas, ajudando usuários a gerenciar condições complexas, como diabetes.
  • A empresa também estuda ferramentas que indiquem profissionais de saúde próximos com base em necessidades e cobertura de seguro.

Sob liderança de Mustafa Suleyman, a Microsoft tem investido em laboratórios internos de IA, incluindo médicos e engenheiros, para desenvolver modelos próprios que possam, no futuro, substituir a dependência da OpenAI.

Já existem testes de modelos internos no Copilot, além do uso de soluções da Anthropic em outros produtos corporativos.

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Microsoft mira independência em IA e aposta na saúde com Copilot (Imagem: Primakov/Shutterstock)

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Competição com a OpenAI

Apesar de ainda estar atrás da OpenAI em downloads de aplicativos — o Copilot teve 95 milhões contra mais de 1 bilhão do ChatGPT —, a Microsoft aposta que sua IA pode competir oferecendo informações confiáveis, integradas a ferramentas corporativas e à nuvem Azure, que também gera receita com treinamentos e operações de IA.

O acordo provisório com a OpenAI, firmado em setembro, prevê uma participação de 30% da Microsoft em uma futura entidade lucrativa da OpenAI, mas a empresa continua acelerando seu desenvolvimento interno para alcançar independência tecnológica em IA.

Logo da Microsoft na frente de uma loja
Empresa desenvolve modelos internos para reduzir dependência do ChatGPT (Imagem: Lena Chert/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.