Meninos estão cada vez mais no videogame; devemos nos preocupar?

Videogames aproximam e isolam os jovens ao mesmo tempo — e famílias tentam equilibrar prazer, rotina e limites
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 11/10/2025 05h30
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Imagem: Parilov/Shutterstock
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Nas últimas décadas, os videogames deixaram de ser passatempo para se tornarem um dos principais espaços de socialização entre meninos.

Segundo a Pesquisa Americana de Uso do Tempo, o tempo médio que rapazes de 15 a 24 anos dedicam a jogos mais que dobrou, chegando a cerca de 10 horas semanais — o maior aumento entre todas as atividades analisadas.

É o que mostra uma matéria do New York Times.

Gamer comemorando vitória em jogo online de naves, animada em apartamento com luzes RGB /
Jogos online redefinem amizades e hábitos entre jovens, equilibrando pertencimento e isolamento (Imagem: DC Studio/Shutterstock)

Prós e contras

  • Educadores e economistas apontam impactos negativos, como distração nas aulas e menor engajamento no trabalho.
  • Mas pesquisadores lembram que os jogos também oferecem algo essencial aos jovens: pertencimento.
  • Para muitos, ambientes virtuais são locais de amizade e conexão, especialmente para os que se sentem isolados no mundo offline.

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Games viraram espaço de amizade, fuga e competição — mas também um ambiente difícil de abandonar – Imagem: Prostock-studio/Shutterstock

O avanço dos jogos gratuitos e multiplataforma na década de 2010 intensificou o engajamento. Empresas passaram a lucrar com o tempo gasto, criando sistemas de recompensas, atualizações constantes e compras internas. O resultado foi um hábito cada vez mais imersivo — e, para alguns, viciante.

Proibir não é visto como a melhor solução

Estudos mostram que os meninos são mais vulneráveis a esse tipo de dependência, atraídos por competição e recompensas rápidas.

Ainda assim, especialistas não recomendam proibir os jogos, mas sim acompanhá-los de perto. Jogar junto, impor limites e discutir riscos como vício, assédio ou jogos de azar são medidas essenciais.

O desafio, alertam pesquisadores, é que o autocontrole dos pais dificilmente vence um sistema projetado para ser irresistível.

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Estudo mostra que games viraram principal forma de socialização — mas também alimentam distração e vício – Imagem: SeventyFour/Shutterstock


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Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.