Fenômeno óptico forma anel em torno do Sol no céu do Acre

Céu de Sena Madureira, no Acre, foi palco de um espetáculo solar nesta terça (14), registrado por alunos e professores do Ifac
Flavia Correia14/10/2025 16h20
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Professora Ana Cláudia Campos, do Instituto Federal do Acre (Ifac), com o halo solar ao fundo. Crédito: Ana Cláudia Campos
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Alunos e professores do Instituto Federal do Acre (Ifac), no campus de Sena Madureira, se encantaram com um belo arco ao redor do Sol na tarde desta terça-feira (14). Eles não perderam tempo e resolveram registrar o fenômeno (chamado halo solar) com fotos de tirar o fôlego, transformando o momento em uma verdadeira aula prática sobre óptica atmosférica.

Como explica o Serviço Meteorológico dos EUA (National Weather Service), o halo solar que brilhou sobre o Acre é um espetáculo da natureza causado pela refração da luz do Sol em milhões de minúsculos cristais de gelo presentes nas nuvens do tipo cirros, localizadas em grandes altitudes. Embora o fenômeno pareça complexo, é como um “arco-íris ao redor do Sol”, mas com cores geralmente mais suaves e uma circunferência quase perfeita.

Na ordem: aluno João Augusto do Nascimento de Queiroz, professor Rafael Batista, professora Ana Cláudia Campos, técnica Irlandia Silva e aluna Jordana Raica Batista de Melo posando com o halo solar ao fundo. Crédito: Ana Cláudia Campos

Os alunos João Augusto Nascimento de Queiroz e Jordana Raica Batista de Melo estavam entre os que capturaram imagens impressionantes. A atividade contou com o apoio imediato dos técnicos Edeclan Damasceno Silva e Irlandia Silva.

A técnica Irlandia Silva, o professor Rafael Batista e o técnico Edeclan Damasceno Silva também foram clicados com o halo solar no céu ao fundo. Crédito: Ana Cláudia Campos

É preciso cuidado ao observar o Sol

O professor de agronomia Matheus Matos detalhou um pouco mais sobre a ciência por trás do halo. Segundo ele, um fenômeno como esse é a oportunidade perfeita para despertar a curiosidade e mostrar que “a física está acontecendo o tempo todo acima das nossas cabeças”.

O halo solar não é um evento comum em qualquer dia, e sua aparição no céu do Acre serviu como um lembrete da beleza dinâmica da atmosfera. O professor de informática Ronnie Mancuzo, que já passou pelo Olhar Digital como redator do Olhar Digital News, lembrou que é importante se atentar com a segurança. “Nunca se deve olhar diretamente para o Sol a olho nu, mesmo com o halo.”

O professor de informática do Ifac Ronnie Mancuzo, que já trabalhou no Olhar Digital, fotografado junto ao fenômeno óptico. Crédito: Ana Claudia Campos

“Para observar ou fotografar, é essencial usar proteção adequada, como filtros solares específicos para telescópios, óculos de eclipse ou até mesmo uma técnica indireta, como projetar a imagem do sol em uma superfície clara”, alertou Mancuzo.

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Flashes de esmeralda e safira transformam o pôr do Sol

Quando o Sol se põe, os tons dourados e alaranjados que tingem o céu já garantem uma despedida de tirar o fôlego. Mas, às vezes, isso pode ficar ainda mais espetacular – quando a ciência e a natureza, juntas, proporcionam fenômenos ópticos tão incomuns que parecem lendas. É o caso de uma visão breve conhecida como flash verde e de seu irmão ainda mais raro, o flash azul.

O flash verde é um brilho esmeralda que se estende por apenas alguns segundos, coroando o disco solar no momento exato em que ele desaparece no horizonte. Já o flash azul é uma visão ainda mais rápida e exige condições atmosféricas perfeitas.

Em um feito notável, a fotógrafa Marina Prol capturou ambos em dias consecutivos, em Gran Canaria, na Espanha: primeiro o azul, em 26 de setembro, depois, o verde, dia 27. Saiba mais aqui.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.