OpenAI seguirá xAI e lançará ChatGPT com função adulta

OpenAI vai lançar versão adulta do ChatGPT em 2025, permitindo conteúdo erótico para usuários maiores de idade com verificação
Por Valdir Antonelli, editado por Layse Ventura 14/10/2025 17h33, atualizada em 14/10/2025 17h39
chatgpt dinheiro
(Imagem: Hamara / Shutterstock.com)
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Seguindo os passos da xAI, a OpenAI também vai entrar no mercado da IA erótica. A mudança de direção foi anunciada recentemente por Sam Altman, CEO da empresa.

Segundo o Business Insider, a mudança faz parte de uma política mais ampla da OpenAI, que visa “tratar usuários adultos como adultos”, flexibilizando restrições consideradas rígidas por alguns usuários.

Sexo, amor e romance eram assuntos barrados no ChatGPT, mas Sam Altman afirma que, com os recursos de controle de idade que serão implementados, em breve será possível conversar sobre isso com o chatbot. Imagem: keport/Shutterstock

Um ChatGPT erótico em breve

A OpenAI deve lançar sua versão apimentada até o final de 2025, conforme prometido por Sam Altman em uma publicação no X. A plataforma está implementando um controle de idade e, assim que estiver funcional, a versão adulta será disponibilizada.

No entanto, há alguns meses, Altman havia afirmado que algumas decisões que poderiam “impulsionar o crescimento e a receita” não se alinhavam aos valores da OpenAI, como os avatares sexuais, comenta o Business Insider. Pelo visto, algo fez o CEO mudar de ideia.

Leia mais:

À medida que implementamos o controle de idade de forma mais completa e como parte do nosso princípio de ‘tratar adultos como adultos’, permitiremos conteúdo erótico para adultos verificados.

Sam Altman, CEO da OpenAI, em postagem no X.

Mais cedo, a empresa havia informado desenvolvedores que permitiria aplicativos ChatGPT “maduros” assim que a verificação de idade estivesse em vigor.

Logo do ChatGPT e da OpenAI
Mesmo proibidas, usuários conseguiam burlar as regras do chatbot para conversar sobre assuntos adultos. Imagem: Mamun sheikh K/Shutterstock)

OpenAI não está sozinha nesse mercado

Na verdade, o ChatGPT estava ficando para trás nessa corrida por novos e rentáveis produtos de IA. Há alguns meses, a xAI, de Elon Musk, lançou seus dois primeiros acompanhantes sexuais.

O Grok Imagine, explica o Business Insider, também lançou um modo “picante” para que os usuários criem imagens com teor sexual.

Além disso, embora o ChatGPT proíba conversas sexuais, usuários conseguem burlar as regras para tratar de amor, romance e sexo com o chatbot. Para isso, eles criam mensagens com teor sexual alegando que serão enviadas a outras pessoas e pedem que o sistema as analise.

Segundo Altman, o ChatGPT já conta com recursos para detectar usuários em sofrimento mental, por isso, chegou a hora de flexibilizar as restrições de forma segura. Imagem: fizkes/Shutterstock)

Nem tudo é sobre sexo

Segundo o The Verge, Altman disse que o ChatGPT foi inicialmente projetado com fortes restrições para proteger a saúde mental dos usuários, mas isso tornou a experiência menos útil e agradável para grande parte do público. Para isso, o sistema:

  • Desenvolveu ferramentas para detectar melhor quando um usuário está em sofrimento mental.
  • Criou um conselho de “Bem-Estar e IA” com oito pesquisadores e especialistas em impacto da tecnologia na saúde mental.
  • Entretanto, o conselho não inclui especialistas em prevenção de suicídio, apesar de pedidos recentes por salvaguardas adicionais para usuários em risco.

Exatamente por ter implementado esses recursos, Altman acredita que chegou a hora de flexibilizar as restrições de forma segura.

Agora que conseguimos mitigar os graves problemas de saúde mental e temos novas ferramentas, poderemos flexibilizar as restrições com segurança na maioria dos casos.

Sam Altman, CEO da OpenAI, em post no X.
Valdir Antonelli
Colaboração para o Olhar Digital

Valdir Antonelli é jornalista com especialização em marketing digital e consumo.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.