Seguindo os passos da xAI, a OpenAI também vai entrar no mercado da IA erótica. A mudança de direção foi anunciada recentemente por Sam Altman, CEO da empresa.
Segundo o Business Insider, a mudança faz parte de uma política mais ampla da OpenAI, que visa “tratar usuários adultos como adultos”, flexibilizando restrições consideradas rígidas por alguns usuários.

Um ChatGPT erótico em breve
A OpenAI deve lançar sua versão apimentada até o final de 2025, conforme prometido por Sam Altman em uma publicação no X. A plataforma está implementando um controle de idade e, assim que estiver funcional, a versão adulta será disponibilizada.
No entanto, há alguns meses, Altman havia afirmado que algumas decisões que poderiam “impulsionar o crescimento e a receita” não se alinhavam aos valores da OpenAI, como os avatares sexuais, comenta o Business Insider. Pelo visto, algo fez o CEO mudar de ideia.
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À medida que implementamos o controle de idade de forma mais completa e como parte do nosso princípio de ‘tratar adultos como adultos’, permitiremos conteúdo erótico para adultos verificados.
Sam Altman, CEO da OpenAI, em postagem no X.
Mais cedo, a empresa havia informado desenvolvedores que permitiria aplicativos ChatGPT “maduros” assim que a verificação de idade estivesse em vigor.

OpenAI não está sozinha nesse mercado
Na verdade, o ChatGPT estava ficando para trás nessa corrida por novos e rentáveis produtos de IA. Há alguns meses, a xAI, de Elon Musk, lançou seus dois primeiros acompanhantes sexuais.
O Grok Imagine, explica o Business Insider, também lançou um modo “picante” para que os usuários criem imagens com teor sexual.
Além disso, embora o ChatGPT proíba conversas sexuais, usuários conseguem burlar as regras para tratar de amor, romance e sexo com o chatbot. Para isso, eles criam mensagens com teor sexual alegando que serão enviadas a outras pessoas e pedem que o sistema as analise.

Nem tudo é sobre sexo
Segundo o The Verge, Altman disse que o ChatGPT foi inicialmente projetado com fortes restrições para proteger a saúde mental dos usuários, mas isso tornou a experiência menos útil e agradável para grande parte do público. Para isso, o sistema:
- Desenvolveu ferramentas para detectar melhor quando um usuário está em sofrimento mental.
- Criou um conselho de “Bem-Estar e IA” com oito pesquisadores e especialistas em impacto da tecnologia na saúde mental.
- Entretanto, o conselho não inclui especialistas em prevenção de suicídio, apesar de pedidos recentes por salvaguardas adicionais para usuários em risco.
Exatamente por ter implementado esses recursos, Altman acredita que chegou a hora de flexibilizar as restrições de forma segura.
Agora que conseguimos mitigar os graves problemas de saúde mental e temos novas ferramentas, poderemos flexibilizar as restrições com segurança na maioria dos casos.
Sam Altman, CEO da OpenAI, em post no X.