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Uma imagem impressionante de uma hiena marrom (Parahyaena brunnea) rondando as ruínas de uma antiga cidade de mineração de diamantes na Namíbia ganhou o prêmio de Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano de 2025. A foto se destaca pelo cenário misterioso e pela presença da espécie rara.
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Promovido pelo Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra, o concurso está na 61ª edição. Neste ano, a competição recebeu um número recorde de 60.636 inscrições de 113 países e territórios, sendo a maior participação de sua história. Entre os trabalhos enviados, várias imagens se destacaram pela criatividade e impacto visual.
A fotografia vencedora, chamada “Visitante da Cidade Fantasma”, mostra a hiena em frente a um prédio abandonado, iluminada por uma luz suave e fantasmagórica. Para conseguir o registro, o fotógrafo Wim Van den Heever, da África do Sul, passou anos estudando os hábitos do animal e instalou armadilhas fotográficas na cidade fantasma de Kolmanskop.
Congratulations to our Wildlife Photographer of the Year winners! 🎉📸
— Natural History Museum (@NHM_London) October 15, 2025
Wim van den Heever is our Wildlife Photographer of the Year 2025, awarded for his mesmerising image, ‘Ghost Town Visitor’.
Andrea Dominizi’s ‘After the Destruction’ crowns him our Young Wildlife Photographer… pic.twitter.com/HPXMqXYYNi
Registrar a hiena tornou-se o maior sonho do fotógrafo premiado
“Passei várias temporadas tentando fotografá-los ao amanhecer e ao anoitecer, mas sem sucesso. Finalmente, com paciência e armadilhas bem posicionadas, capturei a hiena vagando pelas ruínas silenciosas”, contou ele ao site Live Science, revelando que sua persistência durou quase uma década.
As hienas-pardas, também chamadas de lobos-da-praia, têm pelagem marrom desgrenhada, orelhas pontudas e crina característica. Estima-se que existam apenas cerca de 4.000 indivíduos no mundo, distribuídos principalmente em regiões áridas da Namíbia, Botsuana e partes da África do Sul.
Segundo os organizadores do concurso, as hienas passam por Kolmanskop em busca de filhotes de foca-do-cabo ou restos de carcaças trazidos pelo mar. Van den Heever destacou que observar pegadas e fezes do animal por 10 anos ajudou a realizar seu sonho: registrar uma hiena caminhando pelas ruas cheias de areia da cidade abandonada.
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Lagarta com “capacete” e cascavéis também foram destaque da vida selvagem
Em um comunicado, a presidente do júri, Kathy Moran, elogiou a imagem. “Ao olhar para esta foto, você sente a presença da hiena. É fascinante ver como o urbano, antes dominado pelo homem, agora se tornou território da vida selvagem.”
Outras fotos premiadas incluem a de uma joaninha caçando sob o corpo de uma garça no Lago Yundang, na China, e a de um flamingo sendo perseguido por um caracal no Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia – registros que mostram momentos raros da natureza com precisão e beleza.
Também chamaram atenção fotos de uma lagarta venenosa com ‘capacete’, cascavéis empilhadas em buraco nos EUA e uma aranha tecelã-orbeira em seu covil. Cada uma delas revela comportamentos e detalhes pouco conhecidos da vida selvagem, destacando o valor da paciência e do olhar atento dos fotógrafos.
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