Apple desafia Trump e promete novos investimentos na China

Promessa faz parte da estratégia da empresa de manter os seus negócios tanto na China quanto nos Estados Unidos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 15/10/2025 13h48
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Imagem: nikkimeel/Shutterstock
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A nova escalada nas tensões entre Estados Unidos e China, com o presidente Donald Trump cogitando retomar tarifas contra o país asiático, deixa o mercado global em suspense. Neste cenário, muitas empresas norte-americanas simplesmente têm se afastado de Pequim.

Este, no entanto, não parece ser o caso da Apple. O CEO da big tech, Tim Cook, tem se manifestado no sentido contrário e até chegou a prometer, nesta quarta-feira (15), aumentar os investimentos em território chinês.

tim cook
Manifestação de Tim Cook aconteceu durante reunião com representante do governo chinês (Imagem: Laura Hutton/Shutterstock)

Ideia é não se afastar de Pequim

  • Cook teria garantido ao ministro da Indústria da China, Li Lecheng, que a Apple continuará investindo na China.
  • A promessa consta em um resumo oficial da reunião divulgado pelas autoridades chinesas.
  • Apesar disso, não há informações sobre que tipo de aportes seriam esses.
  • Também não há informações das quantias prometidas.
  • A empresa não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

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casa branca
Casa Branca pressiona as empresas a se afastarem da China e investirem na indústria dos EUA (Imagem: Artem Onoprienko/iStock)

Apple tenta se equilibrar entre as duas potências

Segundo informações da Reuters, a fabricante dos iPhones adota a estratégia de não abandonar nenhuma das duas principais potências econômicas do mundo. Ao mesmo tempo que faz promessas de novos investimentos para o governo da China, a empresa permanece próxima da Casa Branca.

Em agosto, Tim Cook presenteou Trump com uma placa personalizada fabricada nos EUA e montada em um suporte de ouro de 24 quilates comemorando o “Programa de Manufatura Americana” da Apple. Isso aconteceu depois da big tech anunciar o investimento de mais US$ 100 bilhões (mais de R$ 540 bilhões) no país.

Um smartphone é exibido à frente da bandeira chinesa, com o logotipo da Apple em sua tela
Big tech ainda depende fortemente do mercado chinês (Imagem: Top_CNX/Shutterstock)

Por outro lado, a empresa não pretende se afastar dos chineses. Apesar de estar transferindo a produção dos iPhones para a Índia, a Apple também segue com planos de aportes na China, especialmente quando o assunto é energia limpa.

Nesta quinta, Pequim disse que espera que acompanha continue a explorar o mercado do país e crescer junto com fornecedores chineses. O ministro Li Lecheng ainda garantiu que a China continuará a promover um bom ambiente de negócios para empresas estrangeiras, incluindo a Apple.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.