IA prevê risco de ataques cardíacos com maior precisão

Novo estudo aponta que IA também pode ser usada pelos médicos para orientar decisões de tratamento mais personalizadas
Alessandro Di Lorenzo20/10/2025 12h33
ataque cardíaco
Imagem: Theerani lerdsri/Shutterstock
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Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, demonstrou que a inteligência artificial pode ser uma importante aliada dos médicos. A ferramenta se mostrou eficaz na identificação de ataques cardíacos.

Segundo a equipe, a adoção da IA pode permitir a criação de tratamentos mais personalizadas para os pacientes. Além disso, evitaria diagnósticos equivocados, reduzindo os custos e liberando espaço para o atendimento de quem mais precisa.

Ferramenta se mostrou eficaz na identificação dos riscos de ataques cardíacos (Imagem: Shutterstock/Lightspring)

Falhas no sistema atual de diagnóstico

  • O trabalho analisou mais de 600 mil pacientes de 10 países diferentes, sendo considerado o maior estudo sobre modelagem de risco de Síndrome Coronariana Aguda sem Supradesnivelamento do Segmento ST ( SCA-SST).
  • Essa condição é caracterizada pela redução abrupta do fluxo sanguíneo para o coração e é a forma mais comum de ataque cardíaco no mundo.
  • Atualmente, os médicos usam um sistema de pontuação padronizado para determinar os riscos dos pacientes.
  • Chamado de GRACE, ele identifica o momento ideal para o tratamento.
  • O problema é que muitos pacientes podem precisar ser reclassificados.

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Tecnologia permite personalizar tratamentos médicos (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

IA pode revolucionar o combate aos problemas cardíacos

Os pesquisadores da Universidade de Zurique explicam que as conclusões indicam que as estratégias de tratamento atuais podem, em alguns casos, ter como alvo os pacientes errados. Por conta disso, eles usaram inteligência artificial para identificar quais pessoas se beneficiariam mais do tratamento invasivo precoce, incluindo angiografia e implante de stent.

O GRACE 3.0 é a ferramenta mais avançada e prática até agora para tratar pacientes com o tipo mais comum de ataques cardíacos. Isso pode remodelar futuras diretrizes clínicas e ajudar a salvar vidas.

Thomas F. Lüscher, um dos autores do estudo
Cérebro com os dizeres "AI" dentro
IA pode mudar forma como os médicos atuam no combate aos ataques cardíacos (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

A nova pontuação não apenas prevê o risco de ataques cardíacos com mais precisão, mas também pode ser usada para orientar decisões de tratamento mais personalizadas. As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Digital Health.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.