Robôs reduzem risco de disfunção erétil em cirurgias de próstata, diz estudo

A vantagem está na precisão da tecnologia, que permite preservar as estruturas nervosas e musculares durante a cirurgia
Alessandro Di Lorenzo21/10/2025 11h26
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Imagem: Gerain0812/Shutterstock
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Pesquisadores brasileiros apresentaram mais um benefício do uso da robótica em procedimentos cirúrgicos. A vantagem está na precisão da tecnologia, que permite preservar as estruturas nervosas e musculares.

De acordo com o novo estudo, a utilização de robôs em cirurgias de câncer de próstata pode reduzir em até 25% o risco de disfunção erétil. Além disso, há uma diminuição de 15% nas chances de incontinência urinária.

Benefícios podem ser experimentados por pacientes com câncer de próstata (Imagem: Peakstock/Shutterstock)

Cirurgia foi realizada de forma remota

  • Segundo informações do G1, a técnica foi aplicada em uma operação realizada de forma totalmente remota.
  • O cirurgião estava em São Paulo e operou um paciente em Porto Alegre. 
  • Essa foi a primeira telecirurgia robótica não experimental feita inteiramente no país.
  • O procedimento ocorreu sem nenhum tipo de problemas, abrindo espaço para uma maior adoção de robôs neste tipo de casos.

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Uso de robôs permite preservar as estruturas nervosas e musculares durante a cirurgia (Imagem: Zapp2Photo/Shutterstock)

Atraso entre o comando e a execução não é mais um problema

O cirurgião urologista Rafael Coelho, que participou da pesquisa, afirma que a precisão dos robôs permite preservar as estruturas nervosas e musculares ao redor da próstata. Isso garante uma recuperação mais rápida e menos sequelas para os pacientes.

Neste caso em específico, o gaúcho Paulo Feijó, de 73 anos, foi operado à distância pelo médico que estava no Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Em Porto Alegre, o robô reproduzia com exatidão cada movimento feito no console, filtrando até o menor tremor das mãos.

Representação de mãos de robô realizando uma cirurgia
Tecnologia deve ganhar cada vez mais espaço (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

O principal desafio deste tipo de procedimento é evitar a chamada latência, o atraso entre o comando e a execução, o que pode gerar graves problemas durante uma cirurgia. No procedimento em questão, esse delay foi de menos de 30 milissegundos, quase imperceptível para os humanos.

Outro possível problema diz respeito à conexão com a internet durante a cirurgia. Em caso de dificuldades de sinal, o que faria com que o sistema parasse de responder, um cirurgião de prontidão assume o controle da operação.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.