Um estudo nacional mostra que houve uma importante redução na quantidade de crianças e adolescentes que usam a internet nas escolas brasileiras. De acordo com o trabalho, o número recuou de 51%, em 2024, para 37% neste ano.
A pesquisa Tic Kids Online Brasil 2025 ouviu 4.740 pessoas entre os meses de março e setembro. Deste total, 2.370 tinham entre 9 e 17 anos de idade e o restante eram pais e responsáveis. As informações são da Agência Brasil.
Acesso à internet nesta faixa etária, no entanto, se manteve estável
Uma das explicações para a queda no número de menores de idade que acessam a internet nas escolas brasileiras é a nova legislação que restringiu o uso de celulares em ambientes escolares, aprovada no início deste ano. No entanto, outros fatores também podem explicar os números.
Acho que elas são influenciadas também pelo debate político que está muito centrado e muito forte na agenda de proteção de crianças e adolescentes e o ambiente digital. Porque, por exemplo, já está ocorrendo uma queda no uso das redes sociais. Então, acho que uma parte dessa queda pode ser explicada pela regulamentação, como no caso das escolas, que já aconteceu, mas também pelo debate político.
Luísa Adib, coordenadora da pesquisa Tic Kids
Por outro lado, o levantamento destaca que o acesso à internet nesta faixa etária se manteve estável. No total, foram 24,6 milhões de usuários nos últimos três meses no Brasil, o que representa 92% das crianças e adolescentes brasileiros.
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Aumento do número de crianças que nunca acessam a internet
- Ainda segundo o estudo, o celular foi o principal dispositivo de acesso usado pela população de 9 a 17 anos.
- Ele foi citado por 96% dos entrevistados, seguido pela televisão (74%), computador (30%) e pelo videogame (16%).
- Ainda de acordo com a pesquisa, 84% dos usuários dessa faixa etária fazem esse acesso à internet de suas casas, várias vezes ao dia.
- Nas escolas, 12% afirmaram que acessam à internet várias vezes ao dia, 13% uma vez por semana e 9% uma vez ao mês.
- A ferramenta é utilizada para pesquisas escolares (81%), pesquisas sobre temas que interessam (70%), leitura ou vídeos com notícias (48%) e informações sobre saúde (31%).
- Já o número de crianças e adolescentes que dizem nunca acessar a internet também cresceu, passando de 492.393 pessoas, em 2024, para 710.343 neste ano.
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