Apple pode liberar iPhone para outras lojas de apps

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A Apple poderá ser forçada a permitir lojas de aplicativos de terceiros em iPhones vendidos no Reino Unido, após uma decisão histórica da Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA). As informações são da BBC.

O órgão classificou tanto a Apple quanto o Google como detentores de status estratégico de mercado, reconhecendo que as duas empresas controlam quase todo o ecossistema móvel britânico – um duopólio que, segundo o regulador, pode estar sufocando a inovação e limitando a concorrência.

Modelo da Apple ameaçado

A medida atinge em cheio o modelo fechado da Apple, que atualmente permite o download de aplicativos apenas pela App Store.
Caso as regras sejam aplicadas, a empresa poderá ter que autorizar lojas alternativas e permitir que usuários baixem programas diretamente de sites de desenvolvedores, como já acontece parcialmente no Android.
A decisão é parte de uma ofensiva mais ampla para reduzir o poder das big techs.
Em outubro, a CMA já havia dado status semelhante à divisão de buscas do Google.
Agora, pretende garantir que usuários possam alternar mais facilmente entre iOS e Android e que as empresas classifiquem aplicativos de forma “justa e transparente”.

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Empresas reagem com indignação a decisão que pode obrigá-las a abrir seus ecossistemas de aplicativos (Imagem: Alberto Garcia Guillen/Shutterstock)

Apple e Google reagem com indignação

As gigantes da tecnologia criticaram duramente o movimento. A Apple afirmou que a decisão ameaça “enfraquecer a privacidade” e atrasar o acesso a novos recursos, enquanto o Google classificou a medida como “desproporcional e injustificada”.

Ambas alegam que as restrições poderiam prejudicar os consumidores e fragmentar a experiência de uso.

A Apple alertou ainda que o Reino Unido pode enfrentar atrasos na chegada de funções como o Apple Intelligence – que já foi parcialmente bloqueado na União Europeia após medidas regulatórias semelhantes.

“Regras como as da UE e, agora, possivelmente do Reino Unido, criam um ambiente menos seguro e mais confuso para os usuários”, afirmou a empresa.

Mesmo assim, entidades de defesa do consumidor afirmam que o domínio das duas empresas “já está prejudicando a inovação” e limitando as opções disponíveis para o público.