A Tesla divulgou uma receita recorde de US$ 28,1 bilhões no terceiro trimestre, encerrado em 30 de setembro, superando as projeções de US$ 26,37 bilhões de Wall Street.
O desempenho foi impulsionado pelas maiores vendas trimestrais de veículos elétricos da história da empresa, à medida que consumidores norte-americanos se apressaram para aproveitar créditos tributários antes do vencimento.
Lucro não bate estimativas
- Apesar do avanço na receita, o lucro por ação ficou em US$ 0,50, abaixo das estimativas de US$ 0,55, refletindo o impacto de custos com tarifas, pesquisa e desenvolvimento, além da queda nas receitas com créditos regulatórios, que caíram para US$ 417 milhões, ante US$ 739 milhões no mesmo período do ano anterior.
- A margem bruta total foi de 18%, ligeiramente acima das expectativas, mas a margem automotiva (excluindo créditos) ficou em 15,4%, próxima do previsto.
- A Tesla destacou que enfrenta aumento de 50% nas despesas operacionais, impulsionado por investimentos em inteligência artificial, robótica e novos projetos, além de custos maiores com tarifas de importação impostas pelo governo Trump.
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Modelos mais acessíveis
Com o fim dos incentivos fiscais, analistas esperam queda na demanda por veículos elétricos nos EUA.
Para mitigar o impacto, a empresa lançou versões mais baratas dos modelos Model 3 e Model Y, com redução de US$ 5.000 a US$ 5.500, mas especialistas alertam que a estratégia pode pressionar ainda mais as margens de lucro.
A Tesla também reafirmou planos de iniciar, em 2026, a produção em massa do robotáxi Cybercab, do caminhão Semi e da bateria Megapack 3 – pilares da aposta de Elon Musk em autonomia e IA, áreas que sustentam grande parte da avaliação de US$ 1,45 trilhão da empresa.
No entanto, o cenário de curto prazo segue desafiador. Analistas preveem queda de 8,5% nas entregas em 2025, diante da retirada dos créditos fiscais, da concorrência crescente e da dependência de modelos mais antigos.
Além disso, a associação de Musk com posições políticas de direita tem afastado parte dos consumidores norte-americanos.
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