Siga o Olhar Digital no Google Discover
Um novo golpe faz com que as vítimas compartilhem a tela do celular durante chamadas de vídeo no WhatsApp, permitindo que criminosos capturem códigos de verificação, senhas e outras informações sensíveis. A prática está circulando por países europeus e tem potencial para chegar ao Brasil, já que criminosos brasileiros costumam adaptar rapidamente fraudes que funcionam em outras regiões.
Ofertas
Por: R$ 26,90
Por: R$ 49,80
Por: R$ 194,99
Por: R$ 28,31
Por: R$ 499,90
Por: R$ 144,90
Por: R$ 412,69
Por: R$ 592,00
Por: R$ 3.598,94
Por: R$ 499,00
Por: R$ 369,00
Por: R$ 1.616,02
Por: R$ 3.099,00
Por: R$ 199,00
Por: R$ 166,19
Por: R$ 588,90
Por: R$ 139,99
Por: R$ 473,00
“Este modus operandi já vêm sendo registrados em países europeus, como Portugal, e como as técnicas de engenharia social são facilmente replicáveis, é importante que os usuários brasileiros estejam atentos e saibam identificar esse tipo de tentativa de fraude”, explica Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

Veja como funciona
O golpe geralmente começa com uma ligação de alguém se passando por representante de banco, prestadora de serviços ou até um contato conhecido – um exemplo clássico de engenharia social. Durante a chamada, o criminoso cria senso de urgência e solicita que a vítima compartilhe a tela para “verificar” ou “corrigir” um suposto problema, simulando um suporte técnico.
Ao aceitar, a vítima expõe dados confidenciais exibidos no celular, como códigos de autenticação, senhas e notificações de aplicativos financeiros.
Aproveitando a visualização da tela, o criminoso pode tentar ativar o WhatsApp em outro aparelho: ao registrar o número da vítima, o WhatsApp envia um código de verificação (OTP) para o telefone – código que o fraudador consegue ver na notificação e usar para assumir a conta.
Com isso, os golpistas passam a enviar mensagens em nome da vítima, pedir dinheiro aos contatos e ampliar o alcance da fraude. Os criminosos costumam agir com rapidez: após obter as informações, tentam finalizar transferências, alterar senhas ou bloquear o acesso da vítima às próprias contas antes que o problema seja detectado.

“Apesar de ser uma função que não é nova (lançada em agosto de 2023), a função de compartilhar a tela no WhatsApp é pouco conhecida e utilizada. De fato, é a primeira vez que vemos ataques de engenharia social abusando desse recurso. Apesar de não permitir a operação e controle remoto do dispositivo, essa função já é suficiente para que fraudadores vejam senhas, nomes de usuários e outros dados importantes”, explica Fabio Assolini.
Leia mais:
- 4 dicas para não cair em golpes de phishing pelo iPhone
- 6 golpes mais comuns ao abastecer o combustível do carro em postos
- LinkedIn anuncia recurso para combater golpes com vagas falsas
Como se proteger?
- Ative “Silenciar Chamadas Desconhecidas” no WhatsApp: vá em Configurações > Privacidade > Chamadas e habilite a opção. Chamadas de números desconhecidos serão silenciadas e registradas no histórico, mas não tocarão no telefone;
- Nunca compartilhe a tela do seu celular com desconhecidos, mesmo durante videochamadas;
- Desconfie de ligações inesperadas: bancos e empresas legítimas não pedem códigos ou compartilhamento de tela;
- Não informe códigos de verificação (OTP), PINs ou senhas a terceiros;
- Evite usar aplicativos financeiros em dispositivos vulneráveis, como smartphones antigos ou sem atualizações de segurança;
- Habilite autenticação de dois fatores (2FA) em todos os aplicativos financeiros e de mensagens;
- Use ferramentas de segurança para identificar e bloquear chamadas de números suspeitos.

Nesta semana, a Meta anunciou ferramentas para proteger os usuários do WhatsApp e do Messenger contra possíveis golpes, como informou o Olhar Digital. No WhatsApp, haverá avisos quando alguém tentar compartilhar a tela com um contato desconhecido durante uma chamada de vídeo, ajudando a evitar o vazamento de informações confidenciais, como dados bancários ou códigos de verificação.