Nos próximos anos, Elon Musk planeja enviar astronautas à Lua com o foguete Starship e transformar milhões de Teslas em veículos autônomos. Mas, para isso, enfrenta uma série de entraves regulatórios nos EUA, como explica o Washington Post.
As tensões se intensificaram após o bilionário atacar o Secretário de Transportes e administrador interino da NASA, Sean P. Duffy, chamando-o de “incompetente” no X (antigo Twitter).

“Mad Max” sob investigação
Enquanto desafia autoridades, Musk também arrisca a reputação da Tesla. A empresa lançou o modo “Mad Max”, uma versão mais ousada do sistema de direção autônoma Full Self-Driving (FSD), que promete manobras mais ágeis no trânsito.
Entretanto, há relatos de que o recurso ignora sinais de parada e limites de velocidade.
A Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) abriu investigação sobre o modo, afirmando que está coletando informações sobre possíveis infrações.

Essa não é a primeira vez que o governo americano reage a funções agressivas da Tesla:
- Em 2022, a empresa teve de eliminar o recurso “parada contínua”;
- Foi obrigada a fazer recall de mais de 50 mil veículos;
- E enfrentou pressão para restringir o FSD a padrões legais de segurança.
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Corrida lunar e disputa política
Paralelamente, Musk entrou em conflito com a NASA após Duffy sugerir que a missão Artemis III, que pretende levar astronautas de volta à Lua, poderia incluir outras empresas além da SpaceX. Musk respondeu com ataques pessoais, agravando o embate com o governo Trump — que, ironicamente, já o teve como aliado e conselheiro.
Especialistas alertam que os atrasos da SpaceX e as provocações públicas podem comprometer contratos bilionários e prejudicar tanto a corrida espacial americana quanto os próprios negócios de Musk.
