IA já está redefinindo o emprego corporativo nos EUA

Com a tecnologia fazendo até 50% do trabalho, companhias repensam o tamanho de suas equipes e aceleram a digitalização
Leandro Costa Criscuolo23/10/2025 06h30
ia generativa
Imagem: Wright Studio/Shutterstock
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A inteligência artificial, antes tema de especulação, tornou-se o novo mantra do mundo corporativo americano, como mostra uma matéria da CNBC.

CEOs de gigantes como JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Ford, Salesforce e Walmart já admitem que a tecnologia está mudando radicalmente a forma como as empresas operam — e, principalmente, quem elas empregam.

Jim Farley, da Ford, afirmou que a IA “substituirá literalmente metade dos trabalhadores de colarinho branco”, enquanto Marc Benioff, da Salesforce, disse que ela já realiza até 50% das tarefas internas da companhia.

inteligência artificial
Empresas como Amazon e JPMorgan suspendem contratações enquanto apostam em agentes inteligentes para tarefas humanas (Créditos: WANAN YOSSINGKUM / iStock)

Automação avança nos escritórios

  • Desde o lançamento do ChatGPT, há menos de três anos, as ferramentas de IA generativa se espalharam dos laboratórios de tecnologia para praticamente todos os setores, automatizando funções de suporte ao cliente, marketing, codificação e até criação de conteúdo.
  • Um estudo do Goldman Sachs estima que até 7% dos trabalhadores americanos podem perder seus empregos com a adoção acelerada da tecnologia.
  • Pesquisas de Stanford e do Fórum Econômico Mundial reforçam a tendência: milhões de postos tradicionais devem desaparecer, mas novas funções ligadas à pesquisa, segurança e desenvolvimento de IA devem surgir.

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Pesquisas indicam que até 7% dos trabalhadores americanos podem perder seus cargos com a automação crescente – Imagem: MUNGKHOOD STUDIO / Shutterstock

Empresas reduzem contratações e repensam equipes

Amazon, Goldman Sachs, Palantir e Shopify já estão reorganizando suas estruturas. A Amazon, por exemplo, prevê evitar a contratação de mais de 160 mil pessoas até 2027, enquanto a fintech Klarna reduziu sua força de trabalho em 40% graças à automação.

No setor financeiro, executivos do JPMorgan e do Goldman Sachs admitem que a IA vem substituindo parte das funções humanas.

Embora os dados oficiais ainda não mostrem uma onda de demissões, economistas alertam que estamos no início de um processo de décadas.

“Precisamos preparar nossa força de trabalho”, afirmou Erik Brynjolfsson, pesquisador de Stanford. A revolução da IA já começou — e promete redesenhar, em ritmo acelerado, o futuro do trabalho.

Pessoa teclando em um notebook com uma tela flutuando à sua frente
Empresas de todos os setores adotam IA generativa para automatizar tarefas, cortar gastos e transformar o ambiente corporativo (Imagem: SuPatMaN/Shutterstock)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.