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A China realizou testes de seu primeiro propulsor pesado reutilizável entre os dias 18 e 20 de outubro, incluindo o primeiro disparo estático do foguete no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no noroeste do país.
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As máquinas reutilizáveis, bem comuns na empresa americana SpaceX, são uma forma de acelerar lançamentos espaciais e aumentar a presença no mercado.
Foguete reutilizável deve decolar este ano
O foguete é o ZQ-3, da empresa Landspace. Ele é abertamente inspirado nas tecnologias reutilizáveis da SpaceX, desde a construção em aço inoxidável da Starship até as pernas de pouso do Falcon 9. O resultado é uma máquina reutilizável.
Os últimos testes do modelo aconteceram entre 18 e 20 de outubro. Segundo o New Atlas, eles incluíram um ensaio de propelente em grande escala e um teste de disparo estático, que marcaram a entrada em uma nova fase de preparação para o voo definitivo. Essa etapa final está prevista para acontecer em novembro ou dezembro deste ano.
Conheça o foguete ZQ-3:
- A maquina tem cerca de 66 metros de altura e 4,5 metros de diâmetro de núcleo (pouco menor que o Falcon 9, da SpaceX, com 70 metros de altura);
- Ele é alimentado por uma combinação de oxigênio líquido e metano líquido;
- O foguete tem dois estágios. Ele decola verticalmente e um dos estágios também pousa verticalmente.
Não há uma data para que ele entre em operação comercial. A primeira tentativa de pouso está prevista para o ano que vem.
China se inspirou na SpaceX
O objetivo do foguete é replicar o modelo de negócios da SpaceX, que utiliza máquinas reutilizáveis e consegue reduzir até 90% dos custos da operação. Tudo isso enquanto aumenta a frequência de lançamentos.
Inclusive, a empresa espacial de Elon Musk tem sido essencial no progresso dos Estados Unidos na corrida espacial. Por ora, a China domina 25% do mercado global de lançamentos, enquanto os EUA ficam em 60%.
Mas os chineses não estão acomodados. O ZQ-3 é uma tentativa do país aumentar a frequência de lançamentos e crescer em participação nesse mercado. A China também tem planos grandiosos e quer pousar astronautas na Lua até 2030.
China está desenvolvendo uma solução para o lixo espacial
A China também está atuando em outras frentes na corrida espacial. O país planeja remover os detritos espaciais da órbita, de acordo com um alto funcionário do governo do país.
Leia mais:
- O plano da China para mudar a corrida tecnológica em 5 anos
- Primeiro data center subaquático movido a energia eólica é inaugurado na China
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Isso porque, atualmente, existem mais de 130 milhões de fragmentos de detritos maiores que um milímetro orbitando a Terra. Por conta disso, cientistas alertam que o lixo espacial pode ser o responsável pela próxima emergência ambiental.
Confira os detalhes aqui.
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