Big techs estão pagando a conta das obras na Casa Branca; entenda

Uma obra de US$ 250 milhões está acontecendo na Casa Branca - e quem está pagando a conta não são os cidadãos
Vitoria Lopes Gomez24/10/2025 11h52
Fachada da Casa Branca
(Imagem: Artem Onoprienko/iStock)
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O governo dos Estados Unidos está em paralisação desde 1º de outubro, quando o Congresso não conseguiu aprovar um projeto de orçamento para estender o financiamento federal. Enquanto isso, as obras na Casa Branca não param, com operários trabalhando na construção de um salão de baile com capacidade para cerca de mil convidados.

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Nesta semana, a Casa Branca divulgou uma lista de quem está pagando a conta desse projeto: nada mais, nada menos que as big techs.

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Empresas de tecnologia estão entre as doadoras para obra na residência presidencial (Imagem: gguy/Shutterstock)

Big techs estão financiando obra na Casa Branca

A obra prevê a demolição da Ala Leste da Casa Branca para a construção de um salão de baile de 8.400 metros quadrados, com capacidade para cerca de mil convidados.

O projeto de está estimado em US$ 250 milhões. Quem está arcando com isso não são os cidadãos americanos, mas as big techs.

Conforme reportado pela Time, a Casa Branca divulgou uma lista de quem está financiando o projeto. Os nomes incluem empresas de tecnologia, telecomunicações, defesa e criptomoedas.

Big techs têm procurado se aproximar de Trump (Imagem: Joey Sussman/Shutterstock)

Meta, Amazon, Apple, Google e Microsoft aparecem na lista

Entre as big techs mais influentes, Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft aparecem na lista das empresas que doaram dinheiro para o projeto na Casa Branca. A companhia de defesa Palantir e Lockheed Martin, as operadoras de telecomunicações Comcast e T-Mobile, e companhias do setor de criptomoedas, como Coinbase, Ripple e Winklevoss, também estão na relação de nomes.

A gestão de Trump não divulgou quanto cada uma delas gastou.

De acordo com o TechCrunch, pelo menos US$ 20 bilhões “doados” pelo Google vieram do acordo judicial firmado em relação à suspensão da conta de Donald Trump no YouTube após os protestos de 6 de janeiro de 2021 (relembre o caso aqui). A empresa não respondeu ao site se doou mais algum valor ao projeto.

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Setor tech mudou a postura em relação ao primeiro mandato de Trump (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Leia mais:

Big techs se aproximaram de Trump

A relação das big techs com Trump mudou desde sua primeira gestão:

  • Em 2016, as empresas resistiram ao governo do republicano. Com a reeleição deste ano, executivos procuraram mudar a postura;
  • A Meta, por exemplo, não doou nada para a primeira campanha de Trump, mas contribuiu com US$ 1 milhão para a segunda tentativa do presidente;
  • A Amazon já havia doado US$ 58 mil em 2016 e aumentou esse montante para US$ 1 milhão na nova campanha;
  • CEOs como Mark Zuckerberg (Meta) e Tim Cook (Apple) também têm se esforçado para atender aos pedidos e se aproximar de Donald Trump, o que revela um alinhamento maior do setor de tecnologia com a gestão atual.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.