Chatbots de IA já são ferramentas do nosso cotidiano, revela estudo

Artigo publicado no portal The Conversation aponta que 2025 foi o ano da efetiva popularização da inteligência artificial
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Layse Ventura 29/10/2025 06h30
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Será que os modelos de IA estão se rebelando? (Imagem: tadamichi/Shuttterstock)
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A inteligência artificial é o assunto do momento. A tecnologia já está presente na vida de milhões de pessoas ao redor do planeta, sendo utilizada para os mais diversos propósitos, inclusive para a realização de tarefas cotidianas.

É importante destacar, no entanto, que essa tendência não começou agora. Um boletim da Knowledge at Wharton, de 2017, mostra que os algoritmos de aprendizado profundo já estavam alimentando os chatbots nas mídias sociais naquela época.

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Adoção da ferramenta parece repentina, mas não é (Imagem: tadamichi/Shutterstock)

Popularização da inteligência artificial

  • Em artigo publicado no portal The Conversation, Jeanne Beatrix Law, professora da Universidade Estadual de Kennesaw, nos Estados Unidos, discute o avanço do uso destas ferramentas.
  • Ela afirma que, quando o ChatGPT se tornou disponível publicamente em 30 de novembro de 2022, a mudança pareceu repentina, mas foi construída em anos de integração incremental.
  • Hoje, muitas pessoas podem nem notar a presença da IA, uma vez que a ferramenta já está integrada nas nossas vidas.
  • De qualquer forma, 2025 ficará para a história como o ano da popularização da inteligência artificial.

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Chatbots como o ChatGPT foram responsáveis pela popularização da IA (Imagem: Teacher Photo/Shutterstock)

Desigualdade no acesso ainda existe

A pesquisadora também cita um relatório recente divulgado por economistas da OpenAI e Harvard. O trabalho analisou 1,5 milhão de conversas do ChatGPT de novembro de 2022 a julho de 2025 e aponta que a IA já é efetivamente popular.

A maioria das interações gira em torno de atividades mundanas. Três quartos das conversas envolvem orientação prática, busca de informações e redação. Essas categorias são para atividades como obter conselhos sobre como cozinhar um tipo incomum de comida, onde encontrar a farmácia mais próxima e obter feedback sobre rascunhos de e-mail. Mais de 70% do uso do ChatGPT é para tarefas não relacionadas ao trabalho, demonstrando o papel da IA na vida pessoal das pessoas. Os economistas descobriram que 73% das mensagens não estavam relacionadas ao trabalho em junho de 2025, acima dos 53% em junho de 2024.

Jeanne Beatrix Law, professora da Universidade Estadual de Kennesaw
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Apesar do uso ter se tornado cotidiano, ainda há desigualdade no acesso à tecnologia (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

índice econômico da Anthropic apresenta um quadro semelhante. Os pesquisadores da empresa rastrearam as conversas dos usuários com o chatbot Claude AI em relação à população em idade ativa. Os dados mostram que o uso per capita de Cingapura é 4,6 vezes maior do que o esperado com base no tamanho de sua população. A Índia e a Nigéria, por sua vez, usam a ferramenta em apenas um quarto dos níveis previstos.

A IA passou de uma curiosidade futurista para um copiloto diário, com assistentes de voz e modelos generativos ajudando as pessoas a escrever, cozinhar e planejar. Convidar a IA para nossas mesas de cozinha não como um oráculo misterioso, mas como um assistente útil, significa cultivar a alfabetização em IA e aprender técnicas de prompting. Significa reconhecer os pontos fortes da IA, mitigar seus riscos e moldar um futuro em que a inteligência – humana e artificial – funcione para todos.

Jeanne Beatrix Law, professora da Universidade Estadual de Kennesaw
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.