Um anúncio realizado nesta semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou ainda mais as tensões globais. Nas redes sociais, o republicano informou que ordenou a retomada dos testes de armas nucleares.
A decisão foi tomada após a Rússia afirmar que testou com sucesso o míssil de cruzeiro Burevestnik. Este armamento é capaz de transportar ogivas nucleares, o que elevou os temores de um futuro conflito global.

Testes começarão imediatamente
- Em sua declaração, Trump afirmou que a retomada dos testes nucleares é uma resposta aos programas de países considerados ameaças, caso da Rússia e da China.
- Segundo o republicano, “o processo começará imediatamente”.
- A mensagem foi postada menos de uma hora antes de um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
- A reunião teve como objetivo aliviar as tensões da guerra comercial em curso.
- E também marcou a primeira vez que os dois líderes se encontraram desde 2019.
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Este pode ser o início de uma corrida nuclear
Segundo a Reuters, o último teste com armas nucleares realizado pelo governo dos Estados Unidos ocorreu em 1992. Desde então, a Casa Branca tem utilizado simulações de computador, testes de mísseis e outros experimentos para manter suas capacidades de dissuasão.
Por conta disso, a mudança de postura de Trump gera uma série de preocupações. Isso porque Rússia e China também não confirmaram a realização de testes em grande escala nas últimas décadas, o que pode levar estes países a também escalar, criando uma corrida nuclear.

Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA afirmou que o país agora possui o maior arsenal de armas nucleares do mundo. Ele destacou que também houve uma “atualização completa e renovação das armas existentes”.
No entanto, de acordo com a Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares, a Rússia detém o maior estoque nuclear do mundo, com mais de 5.500 ogivas. Os EUA ocupam o segundo lugar com cerca de 5.044 dispositivos.