A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (30), a segunda fase da Operação Magna Fraus, com o objetivo de investigar um esquema que teria desviado mais de R$ 813 milhões por meio de fraudes e invasões de dispositivos eletrônicos em empresas que gerenciam transferências via Pix.
De acordo com a PF, os valores desviados provinham de contas utilizadas por bancos e instituições de pagamento para administrar as transferências Pix de seus clientes.

A investigação tem ramificações no Brasil e no exterior e conta com o apoio da Interpol na Argentina e em Portugal. Na Espanha, a operação recebeu suporte da Brigada Central de Fraudes Informáticos da Polícia Nacional espanhola.
Operação desmembra esquema
- No Brasil, estão sendo cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão nas cidades de Goiânia (GO), Brasília (DF), João Pessoa (PB) e Belo Horizonte (MG);
- Em Minas Gerais, as ações também ocorrem nos municípios de Betim (MG) e Uberlândia (MG);
- Em Santa Catarina, os alvos estão localizados em Itajaí (SC) e Balneário Camboriú (SC);
- Na Bahia, em Camaçari (BA);
- Em São Paulo, na capital e no município de Praia Grande (SP).

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Detalhes da investigação
Das 26 prisões solicitadas pela PF, 19 são preventivas e sete temporárias. A Justiça também determinou medidas de bloqueio de bens e valores, que podem chegar a R$ 640 milhões.
Os investigados são suspeitos de práticas de invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.

Prejuízo em golpes no Pix aumentou em 2025; veja os casos mais comuns
O prejuízo envolvendo golpes no Pix aumentou no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período no ano passado, com alta de 21%. O valor médio chega a R$ 2,54 mil por caso. Além disso, os crimes estão mais sofisticados e crescem de valor conforme a faixa etária e renda média sobem.
Os dados são da terceira edição da pesquisa Golpes Com Pix, realizada pela empresa de inteligência contra golpes financeiros Silverguard. As informações foram antecipadas ao site Valor e, posteriormente, ao Olhar Digital.
O estudo analisou mais de 12 mil denúncias na Central SOS Golpe.
Prejuízo em golpes com Pix aumentou
No primeiro semestre de 2024, o prejuízo médio por golpe era de R$ 2,1 mil. No primeiro semestre deste ano, subiu para R$ 2,54 mil, um aumento de 21%.
Pessoas das classes A/B, com renda mensal acima de R$ 9 mil, tiveram um prejuízo médio ainda maior, chegando a R$ 10,5 mil por caso (70% a mais do que em 2024, com R$ 6,3 mil). Pessoas da classe C tiveram prejuízo médio de R$ 4,3 mil (contra R$ 3,5 mil do ano passado) e das classes D/E, R$ 1.500 (o mesmo valor médio do que no ano passado).
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