Os gastos das principais empresas de tecnologia no setor de inteligência artificial alcançam números impressionantes. Nesta segunda-feira (03), a Microsoft anunciou que irá investir mais US$ 7,9 bilhões (pouco mais de R$ 42 bilhões) no setor.
A ideia da big tech é usar esse valor para construir novos data centers e impulsionar a capacidade de computação em nuvem nos Emirados Árabes Unidos. Os investimentos serão feitos ao longo dos próximos quatro anos.
Demanda por IA não para de crescer na região
- O anúncio foi realizado pelo presidente da Microsoft, Brad Smith.
- A promessa inclui planos para quase triplicar a quantidade de chips avançados da Nvidia que a empresa opera no país do Oriente Médio.
- Segundo a big tech, os investimentos foram motivados pelo constante aumento da demanda por IA na região do Golfo.
- O planejamento divulgado prevê a destinação de mais de US$ 5,5 bilhões em despesas de capital em infraestrutura de nuvem e IA do início de 2026 a 2029.
- Outros US$ 2,4 bilhões serão usados para cobrir despesas operacionais e contratações locais.
- As informações são da Bloomberg.
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Microsoft e Emirados Árabes Unidos têm fortes laços
A escolha dos Emirados Árabes Unidos para receber os novos investimentos não é por acaso. A Microsoft tem sido uma importante aliada do governo do país em sua estratégia de substituir uma economia baseada na extração de petróleo por uma focada na tecnologia digital.
No início de 2024, por exemplo, a empresa investiu US$ 1,5 bilhão na G42, uma empresa de IA de Abu Dhabi que desenvolve ferramentas de segurança cibernética, serviços em nuvem e espaçonaves. Brad Smith inclusive se juntou ao conselho da startup. Já no início deste ano, a OpenAI, que conta com a Microsoft como seu maior patrocinador, escolheu os Emirados Árabes Unidos como o primeiro país fora dos EUA para hospedar um projeto de data center Stargate.
Esse esforço também depende de questões políticas. Em outubro deste ano o governo dos Estados Unidos aprovou a exportação de chips semicondutores para empresas norte-americanas que operam nos Emirados Árabes Unidos. Algumas autoridades dos EUA, no entanto, criticam a ideia de instalar colocarem grandes centros de dados no Oriente Médio, observando que o potencial da tecnologia também pode ser utilizado pela China, que tem boas relações com os países da região.
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