O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair fez um apelo contundente para que o Reino Unido não fique atrás na disputa global pela liderança em computação quântica, tecnologia que promete revolucionar áreas como a medicina, a modelagem climática e as finanças, conforme mostrado pelo The Guardian.
Em relatório elaborado com o ex-líder conservador William Hague, Blair comparou a situação atual à da inteligência artificial – campo em que o país teve papel pioneiro, mas acabou perdendo protagonismo para potências como os Estados Unidos.

Risco de repetir os erros da IA
- “Como vimos com a IA, pesquisa e desenvolvimento não bastam: são os países com infraestrutura e capital que colhem os frutos”, afirmam Blair e Hague.
 - Embora o Reino Unido concentre o segundo maior número de startups quânticas do mundo, os autores destacam a falta de investimento de risco e infraestrutura para que essas empresas cresçam.
 - O alerta veio após o físico britânico John Clarke vencer o Prêmio Nobel de 2025 por seu trabalho na área e em meio a uma onda de aquisições de companhias britânicas por empresas americanas.
 
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Corrida global pela liderança quântica
A computação quântica utiliza princípios da mecânica quântica – como a superposição, que permite a um bit estar “ligado e desligado” ao mesmo tempo – para multiplicar exponencialmente o poder de processamento.
O potencial econômico é estimado em até US$ 1,3 trilhão apenas em setores industriais e científicos. Enquanto EUA, China, Alemanha e Austrália aceleram investimentos, Blair cobra uma estratégia nacional ambiciosa.
“A era quântica chegará, quer a Grã-Bretanha a lidere ou não”, advertiu. O governo britânico, por sua vez, afirma estar comprometido com um plano de financiamento de 10 anos e promete novas medidas para manter o país entre os líderes globais.
