Durante a pandemia de Covid-19, iniciada em março de 2020, o estudante Zac Clark, da Universidade de São Francisco, nos Estados Unidos, resolveu se mudar para Tenderloin, um bairro central da cidade. No dia a dia, passou a ver diversas pessoas em situação de rua e decidiu conversar com elas. Nessas trocas de palavras, descobriu que muitas tinham celulares para manter contato com os entes queridos, mas era muito difícil manter os dispositivos com carga. Além disso, os seus pertences costumavam ser danificados ou roubados.
O jovem contou essa história ao portal New Atlas e afirmou que os relatos das pessoas em situação de rua o inspiraram a criar uma mochila com painel solar, permitindo que elas carregassem seus celulares.
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Mochila Makeshift Traveler
A mochila foi lançada em outubro de 2022. Ela possui uma resistente camada externa desenvolvida com material de garrafas de água recicladas e é à prova d’água. O item vem com um painel solar policristalino de 4 watts na parte superior, além de uma bateria recarregável de 10.000 mAh.
Conforme informações do portal New Atlas, para uma carga completa, o dispositivo precisa ficar entre quatro a seis horas recebendo luz solar direta. Além disso, quando está totalmente carregada, ela pode oferecer duas ou três cargas completas de celulares por meio de uma porta USB integrada.
A mochila também vem com um travesseiro externo de náilon revestido com uretano, com espaço para preenchimento por meio de uma camiseta, além de um zíper com trava para evitar roubos.
O kit dentro da mochila ainda traz uma barraca, capa de chuva, carteira de identidade, caixa com cadeado, meias, garrafa de água, kit de higiene, lanterna, rádio e um material com conteúdo informativo sobre 15 serviços de parceiros locais.
Para viabilizar a doação das mochilas e ajudar as pessoas em situação de rua, Zac Clark fundou um grupo sem fins lucrativos chamado The HomeMore Project, que tem como objetivo distribuir o item a quem precisa.
Mais de 1.200 unidades foram doadas para quem está sem-teto em 25 cidades da Califórnia. A ideia é chegar a 2.000 unidades até o final deste ano. O projeto também conta com parcerias em estados como Illinois, Virgínia, Washington, Carolina do Sul e Maine.
Outro ponto de destaque é que o programa busca oferecer conexões, abrigo, recursos e apoio para auxiliar os indivíduos sem-teto na transição de volta à vida estável.
Como citado no próprio site do projeto, o HomeMore traz como primeiro passo o fato de proporcionar um lugar para as pessoas morarem. Os residentes também vão participar do programa “Moradia Transitória”, uma iniciativa que visa oferecer um lar adequado, assistência médica na parte física e mental, alimentação e contato com empregadores e educadores aos sem-teto. Caso deseje ajudar, é possível fazer uma doação por meio do site oficial do projeto.
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