Kamylinha depõe em defesa de Hytalo em caso de adultização denunciado por Felca

Kamylinha, citada como vítima na denúncia de Felca, depôs como testemunha de defesa de Hytalo Santos, acusado de explorar menores na internet
Pedro Spadoni05/11/2025 09h42, atualizada em 05/11/2025 09h44
Montagem com uma imagem do Felca e uma de Kamylinha ao lado de Hytalo Santos
(Imagem: Reprodução/Redes sociais)
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A influenciadora Kamylinha, citada como uma das vítimas na denúncia feita pelo youtuber Felca sobre exploração de menores nas redes sociais, compareceu à Justiça como testemunha de defesa de Hytalo Santos – apontado na mesma denúncia como um dos responsáveis pela adultização (sexualizada, muitas vezes) de adolescentes em vídeos publicados na internet.

Kamylinha, hoje com 18 anos, compareceu à audiência de instrução realizada no Fórum Criminal de Bayeux (PB), na terça-feira (04), segundo o G1 – que não teve acesso ao teor do depoimento. Hytalo e o marido, Israel Vicente, são réus por produção de conteúdo para a internet com exploração sexual de crianças e adolescentes.

Kamylinha é testemunha de defesa e peça importante na denúncia de Felca sobre adultização

O depoimento de Kamylinha como testemunha de defesa ocorreu durante a primeira audiência de instrução do caso. Assim, a audiência marcou o primeiro avanço judicial do processo desde as prisões de Hytalo e Israel, ocorridas em agosto.

Montagem com imagens de Kamylinha e Hytalo Santos
Depoimento de Kamylinha como testemunha de defesa de Hytalo Santos ocorreu durante a primeira audiência de instrução do caso sobre adultização denunciado por Felca em vídeo (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

De lá para cá, o casal foi transferido de São Paulo para a Penitenciária Flósculo da Nóbrega, conhecida como presídio do Roger, na capital paraibana.

Além de Kamylinha, outras testemunhas de defesa e de acusação foram ouvidas pelo juiz Antônio Rudimacy, da 2ª Vara Mista de Bayeux.

O magistrado ainda analisa pedidos da defesa pela revogação da prisão preventiva. O Ministério Público da Paraíba (MPPB), por outro lado, defende que os dois réus permaneçam presos enquanto o processo corre. Ainda não há prazo para que o magistrado decida sobre os pedidos.

O começo do caso: o vídeo de Felca sobre adultização

O caso começou em 6 de agosto, quando o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo de quase 50 minutos intitulado Adultização

Felca segurando celular com imagem de menina adolescente
Vídeo de Felca sobre adultização infantil na internet ‘furou a bolha’ (Imagem: Reprodução/YouTube)

No conteúdo, ele denunciou a exploração e sexualização de menores em produções de influenciadores digitais – entre os exemplos mais esmiuçados, estava Hytalo Santos e seus vídeos com Kamylinha (que, na época da produção dos vídeos mostrados, era menor de idade). 

Felca mostrou como algoritmos das plataformas podem amplificar vídeos que sexualizam adolescentes, tornando-os mais visíveis e, assim, reforçando práticas de exploração. 

Ele também apresentou o conceito de “Algoritmo P” – um termo criado para descrever o modo como sistemas de recomendação facilitam a circulação de conteúdos voltados a pedófilos.

O vídeo viralizou rapidamente, ultrapassando milhões de visualizações. Ao longo dos dias seguintes, provocou uma onda de repercussão nas redes sociais, no Congresso, no Planalto.

A partir das denúncias, o Ministério Público da Paraíba e a Polícia Civil iniciaram investigações que resultaram nas prisões de Hytalo e do marido. O casal foi detido em São Paulo.

Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.

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