Sediada em Belém, no Pará, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 começa oficialmente na próxima semana. No entanto, as discussões começam um pouco antes, com a Cúpula dos Líderes da COP30 sendo realizada a partir desta quinta-feira (6).
Em eventos anteriores, as reuniões de chefes de Estado ocorreram junto à abertura oficial. Desta vez a ideia é que os líderes se encontrem antes do início formal da conferência, liberando os negociadores e ampliando o tempo dedicado às decisões climáticas.

Nem todos os países serão representados por seus chefes de Estado
- Segundo informações do G1, a Cúpula dos Líderes marca a abertura política da COP30, que terá suas negociações formais entre 10 e 21 de novembro.
- A reunião é promovida pelo Brasil e reúne governantes, vice-presidentes e ministros de cerca de 140 países.
- No entanto, nem todos serão representados por seus chefes de Estado.
- Os Estados Unidos, por exemplo, não enviaram representantes políticos de alto escalão, e Donald Trump não participará do encontro.
- Já a China deve mandar apenas uma delegação técnica.
- A cúpula será realizada no Parque da Cidade, no mesmo espaço oficial da COP30.
- O evento acontece até a próxima sexta-feira (7).
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Reunião funciona como um espaço de diálogo
De acordo com o Itamaraty, a Cúpula dos Líderes busca dar “direção política” às negociações, sem caráter deliberativo. Isso significa que nenhuma ação global pode ser definida no encontro. Na prática, a reunião funciona como um espaço de diálogo.
Os discursos de abertura serão feitos pelo presidente Lula, anfitrião da conferência, e pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Outros pronunciamentos acontecerão na sequência com cada país tendo um tempo limite para apresentar seus compromissos e prioridades.

Além dos pronunciamentos, os representantes das nações participam de uma ou duas sessões temáticas, organizadas em grupos de cerca de 40 participantes. Esses encontros tratam de assuntos centrais da agenda climática, como florestas e oceanos, transição energética, financiamento climático e os dez anos do Acordo de Paris.
Embora não produza resoluções nem tratados, o evento tem peso simbólico. É nele que devem se formar as primeiras impressões sobre o clima político da conferência, e sobre a disposição real dos governos em avançar em temas como financiamento climático, adaptação e redução de emissões.