Pesquisadores revelam novos detalhes sobre o impacto das telas no sono

Estudo mostra que nem sempre o simples fato de utilizar a tela antes de dormir atrapalha o sono. Confira os resultados!
Por Matheus Chaves, editado por Layse Ventura 06/11/2025 06h16
Exposição à telas
Garota usando o celular antes de dormir - Crédito: F01 PHOTO/Shutterstock
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Você costuma usar o seu celular ou outros aparelhos eletrônicos com tela antes de dormir? É bem possível que já tenha escutado alguém falar ou até mesmo visto algum estudo com a afirmação de que essa prática pode ser prejudicial para o seu sono.

No entanto, uma nova pesquisa da Universidade Metropolitana de Toronto (TMU) e da Universidade Laval traz novos detalhes sobre como a exposição às telas pode ou não afetar o sono.

O estudo, realizado em todo o Canadá, foi publicado na revista Sleep Health. Foram mais de 1.000 adultos entrevistados e perguntados sobre a utilização de telas antes de dormir e o quanto isso poderia estar impactando a qualidade do sono. 

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Resultados do estudo

  • Mais de 80% dos entrevistados disseram que utilizaram telas antes de dormir no último mês. Além disso, cerca de metade deles afirmaram fazer uso da tela todas as noites antes de adormecer.
  • Adultos que utilizavam telas menos de uma vez por semana disseram ter uma boa regularidade e satisfação com o sono.
  • Já quem afirmou usar as telas à noite mais de uma vez por semana, porém, com menos frequência do que todos os dias, apresentou a pior qualidade de sono.
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Mulher tendo uma boa noite de sono (Imagem: dragana991 / iStock)

Pesquisadores destacaram que não é simplesmente a exposição à luz azul que prejudica o sono

Segundo o portal Medical Xpress, Colleen Carney, professora da TMU e especialista em distúrbios do sono e do humor, afirmou que “as análises anteriores sobre a luz azul não consideraram a idade, o horário e a intensidade da exposição à luz azul ao fazer generalizações abrangentes sobre esta pesquisa”. 

Ela ainda salientou que pode ser que adolescentes sofram mais com a luz azul à noite, pois nessa idade é comum que haja um aumento de sensibilidade à luz. Porém, pessoas mais velhas possuem uma sensibilidade menor, podendo sofrer menos prejuízos.

Outro ponto relevante é que a maneira como os adultos utilizam seus dispositivos antes de adormecer também pode afetar o sono. Por exemplo, existem algumas ações ou aplicativos no celular com capacidade para gerar relaxamento. Já outras conseguem elevar as emoções e, consequentemente, prejudicar o sono. 

Garota cansada usando o celular na cama durante a madrugada.. / Crédito: Denis Mamin (Shutterstock/reprodução)
Garota cansada usando o celular na cama durante a madrugada. / Crédito: Denis Mamin (Shutterstock/reprodução)

Sugestão de teste sobre os efeitos da utilização de telas

Carney sugeriu que as pessoas realizem o próprio monitoramento do sono durante a semana. Uma ideia é utilizar telas durante sete dias e ver como passam as noites. Depois, pelo mesmo período, fiquem sem utilizar os dispositivos e observem se há melhoras no sono.

“Se você dorme e se sente melhor com um horário de dormir mais cedo para usar seu dispositivo, transforme isso em um novo hábito. Se você não notar diferença, como as pessoas neste estudo, o dispositivo não é o problema que nos fizeram acreditar”, sugeriu a professora Carney.

Matheus Chaves
Colaboração para o Olhar Digital

Matheus Chaves é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.