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As ações da Tesla registraram queda de cerca de 5% logo após a reunião de acionistas da empresa, que aprovou um plano de compensação multibilionário para o CEO Elon Musk. O resultado sinalizou a insatisfação de parte do mercado diante da decisão de manter o executivo no cargo por até uma década, mesmo após sucessivas quedas nas vendas e nos lucros da montadora. As informações são da Electrek.
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Durante o encontro, os acionistas aprovaram propostas que garantem a Musk o direito a centenas de milhões de ações — um pacote que pode atingir US$ 1 trilhão caso todas as metas de desempenho sejam alcançadas nos próximos 7 a 10 anos. Mesmo que o crescimento da empresa fique abaixo do índice S&P 500, o CEO ainda poderá receber dezenas de bilhões de dólares.
Reação do mercado e temor de diluição de ações
Após a votação, o mercado reagiu de forma negativa. No início do pregão, os papéis da Tesla (TSLA) caíram de US$ 445,91 para cerca de US$ 424, refletindo a saída de investidores preocupados com a concentração de poder nas mãos de Musk e o impacto do novo plano na estrutura acionária da empresa.
Entre os motivos para a queda das ações estão:
- Diluição acionária: a emissão de novas ações para o pacote de Musk reduz o valor das participações atuais;
- Perda de direitos dos acionistas: a manutenção da regra de supermaioria exige 67% dos votos para alterar decisões corporativas;
- Crescimento em queda: a Tesla enfrenta redução de vendas e lucros, mesmo com alto valor de mercado;
- Preocupação com governança: o conselho da empresa é formado majoritariamente por pessoas próximas a Musk.
Elon Musk mantém o comando da Tesla
O plano foi apresentado como essencial para garantir a permanência de Elon Musk, que chegou a sugerir que deixaria a empresa caso não fosse aprovado. A estratégia funcionou: cerca de 75% dos acionistas votaram a favor do pacote, mesmo com críticas de que o CEO tem prejudicado o desempenho e a imagem da companhia.
Com o novo acordo, a Tesla permanece sob o comando de Musk por, pelo menos, mais uma década, enquanto enfrenta desafios como queda nas margens de lucro, aumento da concorrência no setor de veículos elétricos e desconfiança do mercado sobre sua governança.
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Embora o objetivo seja reter o executivo, investidores temem que a influência de Musk continue a afetar negativamente o desempenho da empresa e o valor de suas ações — um cenário que, segundo analistas, pode colocar à prova a confiança no futuro da Tesla.
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