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Um avião militar modelo C-130 Hercules, com destino à Turquia, caiu na Geórgia (o país), perto da fronteira com o Azerbaijão, na terça-feira (11). Segundo o Ministério da Defesa da Turquia, os 20 soldados a bordo morreram no acidente.
O C-130 Hercules é um dos aviões mais conhecidos e longevos da aviação militar mundial. Criado pela norte-americana Lockheed Martin, ele é utilizado há mais de 70 anos em operações de transporte, resgate e missões humanitárias em dezenas de países.
Conhecido por sua resistência e versatilidade, o C-130 ganhou o apelido de “burro de carga dos ares”. A aeronave é capaz de pousar em pistas curtas e não pavimentadas, operar em áreas de guerra ou de difícil acesso e transportar até 20 toneladas de carga.
A seguir, confira as características do avião e o que se sabe até agora sobre o acidente.
Avião C-130 Hercules: o ‘burro de carga dos ares’
O C-130 Hercules é uma das aeronaves mais versáteis já construídas pela indústria militar. Desenvolvido pela Lockheed Martin nos anos 1950, teve seu primeiro voo em 1954 e desde então permanece em produção contínua.

Projetado originalmente para transportar tropas e suprimentos em pistas curtas e não pavimentadas, o modelo ganhou fama pela robustez e pela capacidade de operar em praticamente qualquer tipo de terreno – do deserto ao Ártico.
Ao longo das décadas, o avião recebeu diversas atualizações e variações, como as versões C-130H, C-130J Super Hercules e as civis L-100 e LM-100J.
As versões modernas são equipadas com motores Rolls-Royce AE2100D3, hélices de seis pás e aviônicos digitais que permitem voos de alta precisão e missões táticas complexas.
O C-130 pode alcançar velocidades entre 550 e 670 km/h, transportar até 90 soldados armados ou cerca de 20 toneladas de carga. Além disso, conta com autonomia de até três mil quilômetros por voo.
A fama de “burro de carga dos ares” veio da capacidade de adaptação do Hercules a diferentes tipos de missão. Além do transporte militar, ele é usado em operações de combate a incêndios, evacuação médica, reabastecimento aéreo e apoio humanitário.
O modelo também tem longa história no Brasil. A Força Aérea Brasileira (FAB) operou unidades do C-130 entre 1964 e 2024, acumulando milhares de horas de voo em missões logísticas, de busca e salvamento e nas expedições antárticas.
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O que se sabe sobre o acidente com o avião turco na Geórgia
A aeronave decolou do Azerbaijão com destino à Turquia, mas perdeu contato logo após entrar no espaço aéreo georgiano.
Vídeos divulgados por veículos locais e autoridades (que circularam pelas redes sociais) mostram o avião se desintegrando no ar antes de cair numa área montanhosa próxima ao município de Sighnaghi, no distrito de Kakheti. Confira abaixo:
Turkey’s defense ministry says a Turkish military cargo plane crashed near the Azerbaijan-Georgia border on Tuesday.
— Breaking Aviation News & Videos (@aviationbrk) November 11, 2025
The ministry said on X that the C-130 plane had taken off from Azerbaijan and was on its way back to Turkey.
It was not clear how many crew were on board the… pic.twitter.com/vv9Wni7rvl
Today, a Turkish Air Force C-130 crashed near the Azerbaijan-Georgia border. Video footage shows aircraft apparently breaking apart in midair. Plane [Reg. "68-01609"] had just departed from Ganja Int. Airport (Azerbaijan) heading to Turkiye. Updates when possible. pic.twitter.com/i9U9tGRXgr
— Air Safety #OTD by Francisco Cunha (@OnDisasters) November 11, 2025
A Autoridade de Aviação da Geórgia informou que: 1) nenhum sinal de emergência foi emitido; e 2) todos os 20 soldados a bordo morreram na queda.
Segundo o Ministério da Defesa da Turquia, equipes de resgate dos dois países atuam em conjunto na região para recolher destroços e identificar as causas da tragédia. A Lockheed Martin lamentou o ocorrido e declarou colaborar com as investigações.
Líderes da Turquia, Azerbaijão e Geórgia, além do secretário-geral da Otan, expressaram condolências às famílias das vítimas. E reforçaram o compromisso de apurar as circunstâncias do acidente.
Até o momento, não há informações oficiais sobre o que provocou a queda. As hipóteses vão desde falha estrutural até possível pane mecânica, mas nenhuma linha de investigação foi confirmada.
(Essa matéria usou informações de CNN Brasil, G1 e UOL.)