OpenAI investe em startup que combate armas biológicas criadas por IA

Focada em segurança, OpenAI investe na Red Queen Bio para impedir que IA seja usada na criação de armas biológicas
Por Maurício Thomaz, editado por Layse Ventura 14/11/2025 18h47
OpenAI apoia startup que usa IA para identificar riscos biológicos emergentes
OpenAI apoia startup que usa IA para identificar riscos biológicos emergentes (Imagem: Pungu x / Shutterstock)
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A OpenAI anunciou um novo movimento estratégico para reforçar a segurança no desenvolvimento de tecnologias avançadas. A criadora do ChatGPT confirmou que será a principal investidora do aporte de US$ 15 milhões na Red Queen Bio, uma startup voltada a impedir que atores mal-intencionados usem inteligência artificial para criar armas biológicas – um tema que tem ganhado importância à medida que modelos avançados ampliam suas capacidades. As informações são da Reuters.

OpenAI amplia foco em segurança biológica

Segundo Hannu Rajaniemi, cofundador da Red Queen Bio, o objetivo é garantir que as defesas da indústria de IA evoluam na mesma velocidade dos riscos. A iniciativa faz parte de um esforço maior da OpenAI para apoiar empresas que lidam diretamente com ameaças emergentes no uso da tecnologia.

Em um movimento semelhante no mês anterior, a companhia já havia investido na Valthos, uma startup de biosegurança baseada em Nova York.

Logo da OpenAI em um smartphone
OpenAI quer garantir que as defesas da indústria de IA evoluam na mesma velocidade dos riscos (Imagem: JarTee/Shutterstock)

Jason Kwon, diretor de estratégia da OpenAI, explicou que a organização pretende fortalecer o ecossistema como um todo. Para ele, a melhor forma de mitigar riscos é com mais tecnologia, ampliando a capacidade de identificar e neutralizar potenciais ameaças biológicas antes que elas se tornem reais.

Listas de preocupações levantadas por pesquisadores sobre o uso da IA:

  • aceleração no desenvolvimento de medicamentos;
  • criação de novas vacinas em menos tempo;
  • possibilidade de uso indevido dessas capacidades para projetar armas biológicas;
  • necessidade de sistemas de defesa proporcionais ao avanço da tecnologia.

Startup usará IA e experimentos laboratoriais

A Red Queen Bio nasceu a partir da Helix Nano, uma empresa de terapias baseadas em mRNA em estágio clínico que já utiliza IA no design de medicamentos. A Helix Nano também colaborou com a OpenAI na criação de testes para identificar riscos biológicos associados a modelos de inteligência artificial.

A IA pode acelerar o desenvolvimento pessoal quando usada com método, evidências e objetivos claros — mas, tratada como atalho mágico, vira apenas um placebo sofisticado. (Imagens: Natee127/iStock)
A combinação de modelos de IA e métodos tradicionais de laboratório será essencial para identificar novos riscos (Imagens: Natee127/iStock)

Como parte da transação, o CEO da OpenAI, Sam Altman, e a membro do conselho, Nicole Seligman – ambos investidores anteriores da Helix Nano – receberão ações da Red Queen Bio. Kwon também possui participação indireta, avaliada em menos de US$ 2.500 por meio da aceleradora Y Combinator.

Ainda assim, a OpenAI afirma que nenhum desses executivos participou da aprovação do investimento, que foi revisado por membros sem conflitos de interesse e pela equipe de compliance da empresa.

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De acordo com a startup, a combinação de modelos de IA e métodos tradicionais de laboratório será essencial para identificar novos riscos e desenvolver contramedidas. Rajaniemi ressalta que o avanço biotecnológico, impulsionado pela IA, está ocorrendo mais rapidamente do que o previsto, tornando urgente a criação de novas camadas de defesa. Além da OpenAI, outros investidores incluem Cerberus Ventures, Fifty Years e Halcyon Futures.

Maurício Thomaz
Colaboração para o Olhar Digital

Jornalista com mais de 13 anos de experiência, tenho faro pela audiência e verdadeira paixão em buscar alternativas mais assertivas para a entrega do conteúdo ao usuário.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.