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O Google começou a testar, no Android, um novo alerta contra golpes que usam chamadas de vídeo para enganar usuários e roubar dados bancários. A ferramenta tenta impedir uma tática comum no país: criminosos induzem vítimas a compartilhar a tela do celular e as direcionam para mostrarem informações sensíveis.
Desenvolvido em parceria com o Itaú, o recurso mostra um aviso sempre que o usuário abre o aplicativo do banco ou a Carteira do Google enquanto compartilha a tela com alguém de fora da lista de contatos.
O teste será liberado para celulares com Android 11 ou superior. Segundo a empresa, a ideia é impedir que o criminoso veja o que está acontecendo na tela e tente manipular a vítima.
O alerta desenvolvido pelo Google em parceria com o Itaú contra golpes em chamadas de vídeo
De acordo com o Google, o recurso foi criado para interromper situações de alto risco em chamadas de vídeo – momento no qual golpistas costumam pressionar vítimas a abrir aplicativos financeiros, conferir saldos ou digitar senhas.
Além de avisar sobre o perigo, o sistema exibe um botão de ação rápida para encerrar a chamada e bloquear o compartilhamento de tela.

A prática explorada pelo recurso já fez vítimas em diferentes estados, segundo o G1. Há casos de golpistas que se passam por advogados, influenciadores ou representantes de empresas e convencem usuários a compartilhar a tela para “resolver pendências”, por exemplo.
A orientação geral continua sendo evitar compartilhar a tela ou digitar senhas durante chamadas. O Google diz querer ampliar o recurso para mais usuários e permitir que outros bancos e empresas de pagamento adotem a tecnologia.
Como funciona o ‘modo ladrão’, que virá de fábrica em celulares Android no Brasil
O novo alerta faz parte de um conjunto maior de medidas do Google para reforçar a segurança no Android. Uma dessas iniciativas é o chamado “modo ladrão”, que passa a vir ativado de fábrica em novos celulares vendidos no Brasil.

O recurso usa inteligência artificial para detectar movimentos bruscos típicos de furtos e bloqueia automaticamente a tela para proteger dados.
Além disso, o sistema conta com bloqueio remoto, que permite ao dono travar o aparelho ou apagar informações à distância caso o dispositivo seja levado. A ideia é dificultar o acesso de criminosos a fotos, mensagens e contas financeiras.
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Versões mais recentes do Android, como o Android 16, adicionam outras camadas de segurança: exigência de biometria para mexer em configurações críticas fora de locais confiáveis e proteção contra restauração de fábrica sem credenciais do dono, por exemplo.