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O avanço acelerado da inteligência artificial (IA) está pressionando a cadeia global de suprimentos de chips de memória, segundo empresas e analistas do setor. A forte demanda por componentes avançados usados em computação de IA tem levado fabricantes a priorizar esse segmento, reduzindo a oferta destinada a produtos populares como celulares, notebooks e veículos. As projeções indicam que o impacto pode ser sentido já no próximo ano. As informações são da CNBC.
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Demanda por IA domina a produção de chips
A alta procura por tecnologias de IA tem levado fabricantes a focar em chips de memória mais sofisticados, especialmente os modelos HBM (High-Bandwidth Memory), essenciais para o desempenho de processadores usados em servidores de IA — como os fornecidos por designers de chips, incluindo Nvidia. Segundo analistas, esse movimento resulta na redução da capacidade voltada à produção de chips mais baratos, que abastecem produtos de consumo em massa.
Zhao Haijun, co-CEO da Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC), afirmou que empresas estão hesitantes em realizar pedidos para o primeiro trimestre do próximo ano. Para ele, a incerteza sobre a capacidade de fornecimento da indústria de memória tem levado companhias a adotar cautela para evitar gargalos em suas linhas de produção.
Impacto no consumo global
Especialistas apontam que o cenário pode afetar diretamente consumidores, já que a escassez tende a elevar preços e reduzir a disponibilidade de produtos. Segundo Dan Nystedt, da TriOrient, empresas que operam servidores de IA estão dispostas a pagar valores elevados por chips de memória de alta performance, o que pressiona ainda mais o mercado.
Além disso, o setor enfrenta reflexos de períodos anteriores de baixa — especialmente entre 2023 e 2024 — quando houve queda na demanda e, consequentemente, investimentos abaixo do ideal. Embora novas capacidades de produção estejam em desenvolvimento, analistas afirmam que levará tempo até que o fornecimento seja normalizado.
Aumento de preços e efeitos no varejo
Os efeitos da escassez já aparecem no mercado. Relatórios recentes mostram que fornecedores, como a Samsung Electronics, elevaram os preços de alguns chips em até 60% desde setembro. Segundo a Counterpoint Research, a alta pode provocar gargalos produtivos ainda mais amplos, afetando desde smartphones de entrada até dispositivos como set-top boxes.
Lista de impactos previstos no mercado:
- Elevação nos preços de produtos eletrônicos;
- Redução na oferta de celulares, notebooks e itens automotivos;
- Pressão adicional sobre marcas que dependem de dispositivos de baixo custo;
- Risco de encarecimento para consumidores em escala global.
De acordo com a TrendForce, o setor entrou em um ciclo robusto de alta nos preços, o que deve forçar fabricantes a reajustar valores no varejo. O resultado esperado é um aumento significativo nos custos finais de equipamentos como smartphones e notebooks, ampliando a pressão sobre consumidores e varejistas.
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