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A União Europeia deve iniciar uma investigação para determinar se as gigantes da tecnologia em nuvem Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud serão incluídas no escopo mais rígido do Digital Markets Act (DMA).
O movimento ocorre após uma série de apagões que afetaram serviços no mundo todo, levantando dúvidas sobre a concentração de tecnologia nas mãos de poucos provedores globais. As informações são da Bloomberg.
Nova análise sobre o poder das gigantes de tecnologia em nuvem
A Comissão Europeia vai avaliar se as três plataformas devem enfrentar novas obrigações, mesmo com dificuldades em mensurar usuários individuais – um dos critérios usados até agora para aplicar o DMA.
Caso avançado, o estudo pode abrir caminho para regras mais duras e específicas voltadas ao setor de computação em nuvem, segmento no qual as empresas já detêm grande fatia de mercado.

Entre os pontos que devem entrar na análise estão interoperabilidade entre serviços, maior portabilidade de dados e possíveis limites para práticas de tying e bundling, comuns no ecossistema de tecnologia corporativa.
Apagões reforçam pressão por regulação
Os recentes incidentes aceleraram o debate. Nos últimos meses, falhas prolongadas deixaram serviços internacionais indisponíveis:
- AWS ficou fora do ar por cerca de 15 horas, afetando empresas como Apple, McDonald’s e Epic Games.
- Microsoft Azure enfrentou interrupções que impactaram check-ins da Alaska Airlines e votações no Parlamento da Escócia.
- Google Cloud sofreu um apagão global que atingiu plataformas como Spotify e Discord.

O DMA, em vigor desde 2023, já aplicou multas pesadas contra plataformas como Apple e Meta, que somam € 700 milhões em penalidades.
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Caso as provedoras de nuvem passem a ser enquadradas, as sanções poderão ser igualmente robustas. Até o momento, Comissão Europeia e Microsoft não comentaram a investigação, enquanto AWS e Google não responderam aos pedidos.